Foram semanas intensas para Emiliano Martínez. Considerado por duas vezes o melhor guarda-redes do mundo, Dibu não conseguiu a transferência que desejava neste mercado de verão e, por isso, vai continuar no Aston Villa, segundo o The Athletic.

O argentino pretendia mudar-se para o Manchester United e ser titular na baliza em detrimento de Onana e Bayindir, mas Ruben Amorim preferiu contratar Lammens ao Antuérpia, por 21 milhões de euros, deixando o campeão do mundo em 2022 destroçado.

Martínez até já se tinha despedido dos adeptos no último jogo em casa da última temporada, em lágrimas, e foi riscado dos convocados por Unai Emery para o último fim de semana. «Marco Bizot», respondeu o espanhol, questionado sobre a ausência do argentino, sendo que o neerlandês acabou por sofrer três golos do Crystal Palace (0-3), em casa.

Por outro lado, com o fecho do mercado para a maioria dos países, o Galatasaray ainda voltou a entrar em cena por Dibu, que recusou qualquer tipo de abordagem do futebol turco. Assim, o guarda-redes vai ser reintegrado na equipa e voltar aos convocados depois desta paragem para seleções.

«No Aston Villa, Emi Martínez é o Maradona do Nápoles»

O seu irmão, Alejandro, garantiu que o jogador e treinador nunca tiveram problemas. «Disseram-me que o Emi deu muito como profissional e como pessoa, eles adoram-no, e isso era visível em campo. Ele é muito querido, e os dirigentes não queriam vendê-lo porque ele é o jogador-chave da equipa, e outra equipa queria-o. Foi uma disputa comercial. São decisões tomadas pelos dirigentes do clube. Não aconteceu, mas é como tudo o resto nos negócios. O lado desportivo ficou de fora e está tudo bem», disse à DSports Radio.

«O Emi nunca teve uma discussão com o Unai. Estava tudo sob o controlo da direção e os clubes não chegaram a acordo. No Aston Villa, ele é o Diego [Maradona] do Nápoles. Ele deu muito ao Villa, como Kun [Aguero] fez ao City, como Leo [Messi] fez ao Barça. São jogadores lendários, e vai ser difícil superar o que ele fez no Aston Villa», atirou, passando a palavra ao pai, Alberto.

«Isto é um trabalho, isto é uma fábrica, e as fábricas têm funcionários. Ele é apenas mais um funcionário, e a fábrica não o vai despedir se ele for bom. É tudo uma questão de negócios. Amanhã vai acontecer, hoje não aconteceu», finalizou.