
É habitual vermos no futebol brasileiro nomes peculiares, como John Lennon ou Michael Jackson, mas outros mais ligados ao futebol, como Gabriel Dembelé ou Robert Anelka. Por isso, talvez aquilo que lhe trazemos agora não seja propriamente uma novidade, ainda que tenha alguns aspetos peculiares.
Na madrugada de quarta-feira, diante do Macaranã, num jogo da Copa do Brasil, o Internacional Porto Alegre estreou um jovem avançado de 16 anos, que não chama só a atenção por conta da idade precoce e, também, pela grande envergadura física (1.87 metros). O outro aspeto diferenciador é mesmo (adivinhou!) o nome: Raykkonen. Raykkonen Pereira Soares.
Como o nome certamente denuncia, ainda que com umas ligeiras trocas nas letras, há aqui uma homenagem a Kimi Räikkönen, antigo piloto finlandês de Fórmula 1. A razão da homenagem, segundo a imprensa brasileira, deve-se à admiração que o seu tio-avô tinha pela F1 e em concreto pelo Ice Man, que o seu pai fez questão de assinalar. Mas há ainda outro dado, no mínimo, peculiar. É que o agora avançado do Internacional nasceu a 13 de julho de 2008, cerca de 9 meses depois de Kimi se ter sagrado campeão mundial em 2007 (a 21 de outubro de 2007), precisamente em solo brasileiro. Pode ser uma coincidência, mas o mais certo é que... não seja.
Explicada a origem do nome, diga-se que o gigante Raykkonen - o que joga futebol... - não marcou na estreia, mas até esteve perto de um momento de sonho, já que colocou efetivamente a bola no fundo da baliza, mas o lance viria a ser anulado. Se tivesse contado, seria mesmo uma estreia de filme, já que podia ter-se tornado no mais jovem de sempre no século XXI a marcar com a camisola colorada e o segundo da história do clube. Não foi, mas se tiver tanta velocidade e frieza como o piloto que lhe dá o nome... esse golo não demorará muito a surgir.