
A tenista russa Daria Kasatkina, assumidamente homossexual e crítica quanto à invasão da Ucrânia, naturalizou-se australiana, justificando-o com o facto de as autoridades do seu país reprimirem a comunidade LGBT.
"Estou muito feliz por começar este novo capítulo na minha vida. Com tudo o que está a acontecer no meu país anterior, não tive muitas opções. Para mim, sendo abertamente homossexual, se quero ser eu mesma, tenho que dar este passo", explicou Kasatkina.
A atual número 12 do ranking mundial, mas que já foi a oitava jogadora da hierarquia, competiu nos dois últimos anos sob bandeira neutra devido às limitações impostas aos desportistas russos após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Além da sua orientação sexual, o facto de ter criticado a invasão da Ucrânia fez com que um político russo tenha sugerido a inclusão de Kasatkinia na lista de espiões inimigos, à semelhança da cantora Zemfira, que fugiu do país em 2022, e que foi considerada "agente estrangeira", face à sua opinião crítica.
Daria Kasatkina, de 27 anos, nascida em Tolyatti, tem vivido no Dubai e não visita a Rússia há mais de dois anos.
"É uma sensação diferente, mas estou muito emocionada. Tenho de habituar-me. Contudo, estou muito feliz por começar este novo capítulo da minha vida a representar a Austrália nos maiores palcos de ténis do mundo", disse.
O torneio de Charleston, nos Estados Unidos, é o primeiro no qual compete enquanto australiana.