
O depoimento de Lourenço Pinto foi o facto mais relevante da 17.ª sessão do julgamento da Operação Pretoriano. O presidente da Mesa da Assembleia Geral do FC Porto na data da polémica reunião magna descartou qualquer responsabilidade sobre a confusão que se gerou e revelou ter decidido cancelar a mesma ainda antes dos sócios se dirigirem para o Dragão Arena.
"Eu às 21h30 disse: esta AG vai ser suspensa, não se vai realizar. Ficou logo marcada para o dia 20 de novembro. A ordem de trabalhos e aqueles pontos não se coadunava com aquele excesso de pessoas. Não se iria fazer a votação", referiu Lourenço Pinto, sendo depois questionado sobre o porquê de decidir seguir com a AG se não haveria votação. "Francamente, fazerem esta pergunta a mim. Admiro-me que seja feita a mim. AG faço-as ainda a srª juíza não era nascida. Foi estratégia, entendi que não havia condições de votação, mas os sócios tinham o direito a reunir-se", completou, iniciando-se depois um bate-boca com a juíza Ana Dias, que avisou Lourenço Pinto de estar a raiar "a má educação e a desobediência com o tribunal".
O ex-líder da MAG assegurou que não mandou a polícia entrar no Dragão Arena porque tal não lhe foi solicitado. "Ninguém me comunicou necessidade.E também não me compete marcar o local da AG, isso é da competência do presidente do clube", frisou Lourenço Pinto, acrescentando que eram "cerca de 200 a 300" as pessoas que entraram sem estarem credenciadas.