
Os Oklahoma City Thunder (OKC), como esperado, e os Indiana Pacers, de forma surpreendente, disputam a partir de quinta-feira, à melhor de sete jogos, uma inédita final do playoff da NBA.
Com o fator casa do seu lado, depois de terem vencido a fase regular com o impressionante registo de 68 vitórias e 14 derrotas, os OKC partem como favoritos para a conquista de um segundo título, depois do alcançado em 1979, como Seattle SuperSonics (até 2008), numa final com os Washington Bullets (4-1).
Antes da mudança para Oklahoma, os SuperSonics foram ainda finalistas em 1978 (3-4 com os Bullets) e 1996 (2-4 com os Chicago Bulls, de Michael Jordan) e, já como Thunder, perderam a final de 2012 (1-4 com os Miami Heat, de LeBron James), quando tinham os jovens Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden.
Os Pacers, que ingressaram na NBA em 1976/77, vão disputar a sua segunda final, depois do desaire de 2000, num duelo 'desigual' entre Reggie Miller e Shaquille O'Neal, que, junto a Kobe Bryant, conduziu os Los Angeles Lakers ao título (4-2).
Quanto ao presente, os OKC parecem ter tudo a seu favor para chegarem ao cetro, liderados pelo base canadiano Shai Gilgeous-Alexander, de 26 anos, o 'Jogador Mais Valioso' (MVP) da época regular e da final da Conferência Oeste.
Com média de 29,8 pontos, 6,9 assistências e 5,7 ressaltos nos play-offs, Shai é o líder da equipa e a grande arma ofensiva do conjunto comandado por Mark Daigneault, de 40 anos.
O base/extremo Jalen Williams (24 anos) e o extremo-poste Chet Holmgren (23) são os dois principais 'aliados' de Shai no que respeita a marcar pontos, num conjunto que baseia muito do seu jogo na pressão defensiva, que asfixia os ataques contrários.
Pelo que dão nos dois lados do campo, também são determinantes Isaiah Hartenstein, Alex Caruso, Luguentz Dort e Cason Wallace, mais do que, também por falta de minutos, Aaron Wiggins, Ajay Mitchell, Isiah Joe ou Keirich Williams.
Se os OKC têm feito uma época notável, desde o início, os Indiana Pacers apareceram transfigurados, para muito melhor, nos play-offs, depois de, na fase regular, ter sido apenas quartos na Conferência Este, com 50 triunfos e 32 desaires.
O conjunto de Rick Carlisle, que há 14 anos conduziu os Dallas Mavericks ao título, começou por afastar os Milwaukee Bucks, de Giannis Antetokounmpo, e, com o fator casa contra, eliminou os Cleveland Cavaliers, que tinham reinado no Este na fase regular (64 vitórias), e os New York Knicks.
O base Tyrese Haliburton, com médias de 18,8 pontos, 5,7 ressaltos e 9,8 assistências no playoff, para apenas 1,9 turnovers, em 35,1 minutos, é o grande responsável pelos 12-4 dos Pacers na fase decisiva da competição.
Haliburton, de 25 anos, tem tido como principal aliado o extremo Pascal Siakam, de 31, eleito o MVP da final da Conferência Oeste e melhor marcador da equipa nos play-offs (21,2 pontos), ele que já foi campeão da NBA em 2018/19, pelos Toronto Raptors.
Myles Turner, Aaron Nesmith e Andrew Nembhard, que completam o cinco inicial, têm sido também determinantes na carreira dos Pacers, que não pode dispensar suplentes como Bennedict Mathurin, Obi Tobin, T.J. McConnell, Ben Sheppard ou Thomas Bryant.
A final do playoff da edição 2024/25 da NBA arranca esta quinta-feira (1H30 de sexta-feira, horas portuguesas), em Oklahoma City, que será também o palco do jogo 2, no domingo, mudando-se depois para Indianápolis, para os jogos 3 e 4, em 11 e 13 de junho.
Caso o sucessor dos Boston Celtics, do português Neemias Queta, não seja encontrado após quatro duelos, Oklahoma City será palco do quinto encontro (16 de junho) e do sétimo (22) e Indianápolis do sexto (19).