Miguel Cardoso vive dias incríveis e terá o privilégio de estar no primeiro Mundial de Clubes com verdadeira representação de todos os continentes.

O treinador português não esconde a ansiedade por chegar aos Estados Unidos. «Eu acho que também aí sou um homem privilegiado, e é curioso, porque no ano passado, estava eu no Espérance, e jogávamos o segundo jogo aqui na África do Sul e ambas as equipas discutiam a qualificação para o Campeonato do Mundo de Clubes. Ou seja, se eliminássemos o Sundowns, ficávamos apurados, enquanto o Sundowns dependia de terceiros. Curiosamente, na altura, o Simba perde um jogo e permite ao Sundowns qualificar-se também», recorda. 

O que tem este erpisódio de sensacional, é que assim a antiga e atual equipas de Miguel Cardoso chegam à mais recente competição de clubes do mundo. 

«Naturalmente que foi uma preocupação porque estava com algumas conversas com o Sundowns, mas não tinha isso como um dado adquirido. Penso agora que foi uma conquista pessoal importante chegar a este momento e ter a possibilidade de jogar o Campeonato do Mundo de Clubes com o treinador. Até porque adquiri esse direito qualificando o Espérance, não é? [risos]», acrescenta. 

Para o treinador português, é importante valorizar o formato da competição: «O figurino deste Mundial de Clubes não tem nada a ver com os anteriores. É pela primeira vez um verdadeiro Mundial de Clubes, creio. Estar lá, depois de ser treinador em campeonatos de Europa tão grandes como a Ligue 1, em França, e a La Liga, em Espanha, bem como em Portugal, deixa-me realizado.» 

É o sentir que está na elite: «Acho que sim, acho que é entrar, de facto, num grupo de treinadores incríveis e sinto-me privilegiado por isso. Agora, a competição, vai ser duríssima para equipas como nós. Vamos jogar com o Fluminense, que é um histórico no Brasil. Vamos jogar com o Dortmund, que é sempre uma equipa de um nível de jogo elevadíssimo e níveis de intensidade de jogo brutais. E com o Ulsan da Coreia, país que sempre que chega a Mundias tem equipas fortíssimas. Portanto, nós vamos ter uma fase de grupos muito difícil.»  

O que esperar do Sundowns? 

«Se chegarmos ao fim dos jogos e sentirmos que fomos capazes de competir com essas equipas, significa desde logo que estamos num patamar elevado. E é isso que eu quero.»