Portugal lidera invicto o Grupo E, a decorrer em Oslo, com quatro pontos, à frente da Noruega e do Brasil, ambos com dois, e dos Estados Unidos, ainda em branco, e é a única seleção que pode chegar à 'main round' (fase principal), com a pontuação máxima.
O 'duelo' de domingo entre Portugal e a Noruega, na esgotada Unity Arena (com capacidade para cerca de 14 mil adeptos), entra já para as contas da fase seguinte, uma vez que as seleções apuradas transitam com os pontos amealhados nos jogos entre si.
Os pontos somados com o quarto e último classificado do Grupo E, que previsivelmente será os EUA, são descartados pelas restantes seleções apuradas, que iniciam a 'main round' - na qual irá cruzar com o F, de Suécia, Espanha, Japão e Chile - com os restantes.
"É um jogo muito decisivo para nós, porque ganhando [à Noruega] vamos numa posição muito favorável para a 'main round', onde podemos ambicionar o nosso objetivo de chegar aos quartos de final", disse à agência Lusa Salvador Salvador.
O capitão do Sporting, que irá defrontar o seu colega de equipa, o norueguês André Kristensen, considerou que Portugal tem dado uma boa resposta às contrariedades, como a lesão de Alexandre Cavalcanti e a ausência forçada, por doping, de Miguel Martins, e tem vindo a crescer no torneio.
"Melhoramos no último encontro [com o Brasil], temos dois jogos e duas vitorias, pelo que as coisas estão a correr bem, e estamos em boas condições para fazer uma boa partida contra a Noruega", considerou o lateral Salvador Salvador, de 23 anos.
O sportinguista relativizou o facto de ir defrontar um guarda-redes que conhece bem, admitindo que, caso exista essa vantagem teórica, ela pode cair tanto para um lado como para o outro.
"Já o conhecemos e ele [André Kristensen] já nos conhece a nós, mas acho que não traz vantagem. Pode mudar alguma coisita, mas vamos ver o que vai acontecer", adiantou o internacional português.
O pivô Luís Frade, do Barcelona, sublinhou também a importância do jogo de domingo com a seleção norueguesa, pelas 20H30 (19H30 em Lisboa), que permite a Portugal "passar à 'main round' com os quatro pontos desejados".
"O nosso principal objetivo era estar na 'main round', que já asseguramos, mas mesmo assim queremos passar com o máximo de possibilidades. Vamos ver como é que vai ser o jogo com a Noruega. Vai ser muito difícil, como com o Brasil, mas espero que corra bem", disse Luís Frade.
O pivô considera a Noruega, que até começou mal com uma derrota com o Brasil (29-26) na jornada inaugural do Grupo E, uma seleção "muito completa" e com "grandes atiradores".
"É uma equipa forte, que mudou muito a sua maneira de jogar desde as duas últimas vezes que os defrontámos [em 2024]. Vencemos a Noruega no Europeu [37-32] e perdemos no torneio pré-olímpico [32-28]. Mudaram muito a maneira de jogar e adapytaram-se à nosaa defesa pressionante", disse Luís Frade, de 26 anos.
Luís Frade antevê um bom jogo, com um período inicial de adaptação, e acredita na possibilidade de vencer em solo norueguês e ficar em boa situação para lutar pela passagem aos quartos de final.
"Temos que limar as últimas arestas. Eles vão tentar praticar um jogo rápido, mas sinto que se estivermos bem na recuperação defensiva e com as nossa armas ofensivas, que podemos, pelo menos, nivelar o jogo", considerou o pivô português.