A presidente executiva (CEO) da Meo disse esta quarta-feira que é preciso primeiro discutir a centralização dos direitos desportivos relativamente à Sport TV, enquanto os líderes da NOS e Vodafone afirmam-se como distribuidores e não produtores do canal.

Questionados se faz sentido estarem na Sport TV, uma vez que ambas as empresas são acionistas, o CEO da Vodafone, Luís Lopes, recordou que a operadora está no canal "desde há 10 anos".

Atualmente, "existe cada vez mais oferta de conteúdos" e a Vodafone não investe diretamente nos conteúdos, prosseguiu o responsável, que falava no Debate do Estado da Nação das Comunicações, no âmbito do 34.º congresso da APDC, que terminou hoje na Culturgest, em Lisboa.

"O nosso papel é garantir que os nossos clientes têm acesso a todos os conteúdos, temos um papel de distribuidor, não temos um papel de dono dos conteúdos", afirmou.

Já a CEO da Meo, Ana Figueiredo considerou que a primeira coisa a discutir é a centralização dos direitos desportivos.

"Enquanto não houver uma clarificação, pelo menos no caso da Meo, é difícil responder a essa pergunta", afirmou a gestora.

Miguel Almeida, CEO da NOS, recordou que a entrada da operadora está "há 25 anos" na Sport TV e que isso aconteceu num contexto particular.

"Nessa altura fazia sentido, estávamos num momento em que não havia pay TV, era preciso  criar incentivos para que as pessoas migrassem", adiantou.

Ou seja, "nessa altura fazia sentido, hoje não faz sentido", salientou, referindo que efetivamente a NOS é distribuidora e não produtora.