Em semana de dérbi com o Benfica, Maxi Araújo, do Sporting, está em foco. O jovem uruguaio falou da carreira que o levou ao México, onde jogou com Paulinho, antes de aterrar em Portugal e como está a ser a adaptação a Lisboa.

«Quando tinha três anos, comecei a jogar com o meu irmão, ele agora está em Orlando», recorda em entrevista à Betano. Estreou-se como profissional no Montevideo Wanderers e em 2019, com 19 anos, começou a subir, mudando-se do Uruguai para o México, para jogar no Puebla. Aí esteve 4 épocas e foi depois para o Toluca, onde o Sporting o foi buscar. «Tive algum medo,  o primeiro ano custou muito. Depois veio a pandemia e o campeonato parou. Na verdade queria voltar ao Uruguai, porque há quase um ano que não jogava, só com a seleção Sub-20, mas depois chegou um novo treinador e pude começar a jogar. Quando me disseram que o Toluca estava interessado em mim, não duvidei», recorda em entrevista à Betano Mag.

Toluca e Paulinho

Foi lá que se cruzou com o antigo avançado leonino, Paulinho, junto de quem recolheu toda a informação relevante sobre o Sporting, tendio sido treinado por Renato Paiva. « [Sim, sim, quando começaram os rumores comecei a falar com o Paulinho. E depois, quando já tudo estava em marcha, começámos a conversar mais e ele foi explicando mais sobre o clube, a cidade, até que era quase oficial e vim para Portugal», recorda, sublinhando o impacto do português no campeonato mexicano:

«É impressionante, porque a liga mexicana é muito competitiva, muito difícil, na verdade. Treinei muito pouco com ele, mas ele tinha muita qualidade, muito foco no trabalho, no que tinha que fazer e foi por isso que teve o campeonato que teve. Já se percebia que iria competir e fazer golos, que é o que ele gosta e sabe fazer», diz. Paulinho foi o melhor marcador do torneio clausura, com 14 golos e 7 assistências em 22 jogos.

Mensagens de Coates

Já no Sporting, não se cruzou por pouco com o compatriota Seba Coates, que voltou ao Uruguai para jogar no Nacional, e confessa que o seu percurso lhe serve de inspiração: «Bom, o Seba enviou-me mensagens quando já estava quase tudo tratado. Foi muito especial, porque o via na seleção. Não tive a oportunidade de jogar com ele, mas vi-o muitos anos na Seleção, por isso receber uma mensagem dele foi muito especial, claro que gostaria de ter podido jogar com ele.»

Franco Israel

Maxi fala também sobre a adaptação a viver em Portugal e das boas dicas que teve de compatriotas para estar na liga portuguesa, tendo ainda o guarda-redes Franco Israel ao seu lado:

«Foi muito fácil, porque há um grupo humano incrível, que me permitiu adaptar muito rápido, estou agradecido por isso e por sorte ter o Franco tornou tudo mais fácil Pode ser difícil entrar num grupo que está formado há muito tempo, mas estamos todos para o mesmo objetivo e estou muito feliz», disse. Bom, muito tranquilo. Ainda não conhecemos muito bem a cidade, mas gostamos. Tem praia, tem coisas muito lindas, estamos a adaptar-nos a tudo. Tenho boa relação com o Manu [Ugarte] e com o Darwin [Núñez] que se deram bem aqui, disseram-me que a Liga era muito boa e não duvidei quando o Sporting mostrou interesse.»