
Maverick Viñales acredita que está a conseguir compensar algumas das limitações da RC16 graças à sua adaptação como piloto, e mostra-se confiante para o Grande Prémio dos Países Baixos, onde já venceu no passado.
O piloto da Tech3 tem sido, corrida após corrida, o mais rápido entre os representantes da KTM, mesmo que os resultados ainda não o reflitam de forma plena na classificação geral. Atualmente em 11.º lugar no campeonato, Viñales soma 30 pontos a menos do que o seu colega de marca Pedro Acosta – algo que o espanhol atribui sobretudo a azares acumulados ao longo da época.
Em Losail, por exemplo, viu um segundo lugar ser-lhe retirado devido a uma penalização por pressão irregular nos pneus. Em Mugello, na última ronda, foi abalroado quando seguia em quarto. Apesar disso, a sua confiança mantém-se intacta.
‘Ainda sou, de certa forma, um principiante com esta moto. Não a estou a pilotar da melhor forma possível’, reconheceu Viñales, em conferência de imprensa. ‘Mas estou a aproximar-me. Sinto que há um grande potencial por explorar. A moto tem pontos fortes, e o segredo tem sido adaptar o meu estilo de condução aos pontos fracos’.
Um dos maiores desafios tem sido a falta de agilidade da KTM em curva. Viñales garante estar a contornar esse problema através da sua posição corporal e do momento em que larga o travão dianteiro – dois detalhes que têm feito a diferença. ‘Não somos fortes a virar, mas o modo como uso o corpo e como largo o travão ajuda a compensar. É assim que tenho conseguido manter-me competitivo’.
O espanhol defende que a chave está na paciência e na consistência. ‘Temos de trabalhar nas áreas certas. Em Mugello senti-me muito forte, mesmo que o resultado não mostre isso. E aqui em Assen espero estar ainda melhor. O importante é fazer um fim de semana limpo, sem erros, onde consiga dar 100% em todas as sessões’.
A evolução da KTM tem sido rápida, mas irregular, e Viñales acredita que o trabalho de base está a dar frutos. ‘Temos crescido imenso nas últimas corridas. A moto ainda não está onde queremos, mas quando a consigo pilotar bem, sinto que estamos perto dos da frente. O objetivo agora é tirar tudo o que pudermos da moto e aplicar o meu estilo de condução para extrair o máximo’.
Mais do que resultados imediatos, o espanhol procura sinais consistentes de progresso – e garante que os encontrou. ‘Em Mugello, pela primeira vez, consegui rodar perto do topo sem destruir os pneus. Isso diz muito. Se em Assen conseguirmos manter essa consistência, então podemos fazer um grande fim de semana’.