
Martim Mayer, candidato à presidência do Benfica, está nos EUA para assistir ao arranque da participação dos encarnados no Mundial de Clubes, frente ao Boca Juniors, mas antes falou aos jornalistas do ato eleitoral que irá decorrer em outubro. Foi nesse momento que revelou o apoio de António Simões, uma das maiores figuras vivas da história do clube da Luz.
"António Simões mantém o apoio. Foi capitão de várias equipas do meu avô [Borges Coutinho]. Tenho por ele uma estima humana muito grande, estima enquanto grande defensor dos interesses do Benfica. Com este enquadramento, até me comovo por falar dele e aproveito para o saudar daqui dos EUA", anotou o empresário, referindo que tem um grupo de pessoas a trabalhar há muito tempo nesta candidatura: "Os apoios que tenho são de benfiquistas não mediáticos e um conjunto de pessoas com quem tenho trabalhado os dossiês do clube com muita seriedade e que estão prontos para apresentar o nosso projeto. Não vim só ao jogo, vim trabalhar. Estamos a dar tudo".
Mayer foi também confrontado sobre o mercado de transferências, nomeadamente, sobre o destino de Otamendi e Carreras, além de João Félix, jogador que está novamente na agenda do Benfica, como confirmou Bruno Lage na antevisão ao duelo com os argentinos. Apesar de tudo, o candidato preferiu não tomar uma posição sobre as decisões que Rui Costa deve tomar este verão.
"Sou candidato à presidência do Benfica. Não sou candidato a tomar essas decisões por agora. É preciso olhar para a vertente financeira do tema e para a vertente desportiva. Não me cabe a mim pronunciar-me sobre isso agora. Gosto muito deles, mas é preciso uma apreciação interna", anotou, sobre Otamendi e Carreras, sendo um pouco mais explícito quanto a Félix: "É da nossa gente e isso diz tudo. É preciso perceber do ponto de vista financeiro o que isso acarreta, mas se for bom negócio, a nossa gente tem de voltar para casa. Mas essa vertente também não pode ser descurada. Temos de perceber se é bom para o Benfica ou não".
Relativamente à participação do clube da Luz no Mundial de Clubes, Mayer está confiante que a equipa possa passar a fase de grupos.
"Espero que passemos aos oitavos de final. Começa hoje, a expectativa é alta. O Benfica é uma grande equipa, tem de se mostrar numa zona onde não é habitual jogar e que é de grande interesse par ao clube mostrar-se. Há grandes comunidades de benfiquistas que visitei e que sentem o clube no sangue no dia a dia. Penso que o clube irá disputar cada jogo dando tudo em campo e acredito que passemos aos oitavos de final. O Benfica é humildade, trabalho e a vitória vem com consequência disso. Se tivermos humildade de jogarmos estes 3 jogos, acredito que passemos aos oitavos-de-final. É o primeiro objetivo. A partir daí, é jogo a jogo e vamos tentar chegar o mais longe possível", destacou, tendo referido como foi relevante poder conhecer algumas dessas comunidades de adeptos do Benfica: "Foi muito importante vir conhecer estas pessoas. Nunca tinha estado nestas Casas do Benfica. É comovente ver como estas pessoas vivem o Benfica, escuta-las, saber as suas preocupações, em que é que o clube pode melhorar. Saio daqui com informação relevante sobre o que entendo que o Benfica deve fazer por estas pessoas. O clube deveria apoiar mais estas comunidades, mas está muito longe dos sócios, destas comunidades, que fazem tanto pelo clube e que deveriam ser mais apoiadas".
Martim Mayer deixou ainda um apelo à estabilidade, apesar do momento de pré-campanha eleitoral que já se está a viver.
"A próxima época será especial, haverá eleições, tem de se levar isso com cuidado. Cabe a cada candidato criar a estabilidade necessária e acredito que cada um dos candidatos vai estar à altura", explicou.