Depois de cumprida a classificativa de abertura do Rali de Portugal, a superespecial da Figueira da Foz, a caravana vai pernoitar naquela zona para atacar a jornada de sexta-feira, que será nada mais, nada menos do que o dia mais longo da temporada do Mundial de Ralis.
Os pilotos terão de percorrer um total de 683,17 km, entre classificativas e trajetos de ligação, sendo que as especiais representam 146,48 km. Apenas o Rali do Quénia teve um dia com maior quilometragem cronometrada (157,58), porém menos extenso contabilizando as ligações que também provocam desgaste nos pilotos e carros.
Olhando para os sete primeiros eventos do WRC desde ano, incluindo as provas que se seguem em Itália (Sardenha) e Grécia, cujos itinerários já são conhecidos, o dia de sábado da prova helénica é aquele que mais se aproximará da dimensão da etapa de amanhã do Rali de Portugal, totalizando 520,72 km.
Este será ainda o dia mais longo do WRC dos últimos 5 anos e o mais longo do Rali de Portugal nos últimos 25 anos!
O dia de sexta-feira do Rali de Portugal cresceu por comparação com os anos anteriores, em virtude da adição de duas novas classificativas: as ligações entre Águeda e Sever do Vouga e entre Sever e Albergaria-a-Velha. Será um total de 10 classificativas, portanto, com dois momentos de serviço remoto pelo meio.
Será um dia longo, descrito como "difícil e determinante" pela generalidade dos pilotos, até porque todos sentem-se ainda num panorama desconhecido em relação aos pneus da Hankook, fornecedor deste ano que lança uma nova linha de pneus na prova portuguesa.
"Se estou empolgado para amanhã? Isso não é a palavra certa... Mas estou pronto, sim", atirou Gus Greensmith após o final da superespecial da Figueira da Foz. "Será o dia mais longo que eu alguma vez fiz", apontou Oliver Solberg. "Vamos precisar de muita energia e muita concentração, pois será um dia longo", referiu Sébastien Ogier, enquanto Thierry Neuville, campeão do Mundo em título, espera ter "alguma sorte, consistência e boa velocidade".
Elfyn Evans, o líder do campeonato do Mundo que venceu a superespecial de abertura, na Figueira da Foz, terá de abrir a estrada em todas as 10 especiais desta sexta-feira: "Não sei, vamos descobrir amanhã. Será muito duro. É tentar esquecer a situação e tentar desfrutar. Se conseguir conduzir bem e ter boas sensações no carro, serão essas as prioridades".
Kalle Rovanperä é que não está nada contente porque vai ter poucas horas de sono: "Amanhã será um grande desafio. O meu despertador já está marcado para as 5 da manhã, então não estou lá muito satisfeito, mas não há nada a fazer quanto a isso, é a vida..."