Durante o período de declarações ao coletivo de juízes, no Tribunal São João Novo, no Porto, Fernando Madureira frisou esta segunda-feira, na primeira sessão do julgamento da Operação Pretoriano, ter ficado "nervoso" e "transtornado" com a situação que se gerou na Assembleia Geral de 13 de novembro de 2023.

"Fiquei muito nervoso, transtornado, irritado e triste por ver sócios do Porto uns contra os outros. Eu disse: 'é esta me... que vocês querem para presidente? Veio dar uma entrevista, foi para casa. A esta hora está com os c... sentados no sofá e vocês aqui ao barulho'".

Madureira negou ter feito ameaças de morte. "Vi só a garrafa de água a voar, isso eu vi. Uma garrafa de plástico que voou de uma bancada para a outra". Disse que os "fozeiros" (termo usado na questão da juíza) são "os apoiantes do Villas-Boas" e recordou que a entrada na AG era feita com pulseiras: "Sugeri a uma das meninas que estava a dar as pulseiras se não era melhor distribuirmos pelas filas e ela disse não. Nisto, o Hugo 'Polaco' pega na caixa das pulseiras, eu tirei-lhe as pulseiras".

Confrontado com as mensagens de WhatsApp que enviou após a AG do terror, Madureira explicou: "Agradeci aos Super Dragões, porque se comportaram de forma exemplar na Assembleia Geral. O que se passou na AG não teve nada a ver com os Super Dragões. Foi tudo criado pela máquina de campanha do André Villas-Boas para ganhar as eleições."