Apostada em modernizar-se e tornar-se uma marca mais ‘global’, a Honda tem feito algumas mudanças na sua equipa técnica e Romano Albesiano pode ser mais uma peça que muda o rumo da RC213V no que ao seu ADN diz respeito, pelo menos assim acredita Lucio Cecchinello.

Em conversa com o GPOne, o chefe da LCR foi questionado sobre a contratação do italiano para o cargo de diretor técnico, e e admitiu que não ficou admirado pela aposta: ‘Não fiquei surpreendido, já tinha ouvido dentro da Honda sobre a necessidade de utilizar figuras europeias adicionais para fortalecer o que era o projeto RCV’.

E continuou: ‘O que aconteceu, e que penso ser um aspeto positivo, é que entraram novos gestores (mudam a cada cinco anos) que têm uma mentalidade mais aberta ao resto do mundo, nem tudo tem necessariamente de ser feito no Japão porque temos de ter as nossas indústrias a trabalhar e ter orgulho na nossa tecnologia. Já tinha havido algumas aberturas ao longo dos anos, como deixar a Nissin, a Showa, a sua empresa de suspensões, deixar os seus fabricantes de quadros no Japão para fazer um projeto com a Kalex’.

As mudanças não se ficaram por aí, como lembrou, ao abordar algumas feitas há mais tempo, e que, acredita, ajudam a tornar a marca mais globalizada: ‘Começaram a trabalhar com rapazes da eletrónica, ex-Marelli ou ex-Ducati. Sabemos que o Filippo Tosi e muitos outros italianos na HRC hoje ocupam posições-chave. Portanto, a chegada do Albesiano é mais uma peça de um quadro maior para tornar a HRC mais global’.