
Em último lugar e sem ganhar em casa há quase um ano (1-0 ao Moreirense a 9 de março de 2024) o Boavista recebe domingo, às 15h30, o Santa Clara, atual 5.º classificado, com 39 pontos, mais 27 que os axadrezados, que ocupam o último posto da tabela da Liga.
Para Lito Vidigal, mais que olhar para a classificação, o importante é passar uma mensagem clara aos jogadores: o Boavista terá de somar vitórias para reentrar na luta pela permanência.
«Temos em mente ganhar cinco jogos já. A minha mensagem para os jogadores é: temos de ganhar cinco jogos. Ganhando cinco jogos, abrimos possibilidades, independentemente dos adversários. Não nos interessa andar a fazer muitas contas, até pela situação que ocupamos. Se estivéssemos numa disputa mais direta, ganhar fazia sentido. Neste momento o que faz sentido, pelo menos é a mensagem que eu passo para os jogadores, é, nós temos 11 jogos, temos de ganhar cinco. Ganhando cinco jogos, entramos em posições que podemos depois lutar e disputar com os adversários mais diretos», resumiu o treinador do Boavista.
Lito diz ter «vários indicadores de que a equipa está a crescer», mas reconhece que um triunfo daria mais conforto e «consolidaria» o desejo do grupo de «manter na Liga uma instituição centenária», lembrando que o Boavista «foi dos poucos clubes» fora do três habituais candidatos que «conseguiu ser campeão nacional».
«Começando pelo Santa Clara. É uma equipa que está estabilizada, tem processos consolidados, mas temos que pensar em nós. Tenho sentido a equipa a crescer. Há uma vontade muito grande destes jogadores de dar a levar a volta à situação, uma vontade muito grande de vencer. Eles têm trabalhado de forma exemplar. E o espírito neste momento é o de uma vontade tremenda de ganhar já este jogo em casa. Era muito importante conseguirmos uma vitória», declarou.
O treinador também falou sobre o peso da ausência de Reisinho, castigado. «Já não o chamo de Resinho. Não acrescento o diminutivo ao Rei. Está a tornar-se um jogador feito. Desde que cheguei foi sempre titular. Contudo, na fase que estamos temos de fazer das fraquezas forças e não podemos depender só de um jogador, mesmo precisando de todos. Só sendo solidários, só sendo uma equipa forte e competitiva é que podemos sair da situação em que estamos», frisou, lançando repto aos adeptos para estarem em força ao estádio apoiar a equipa: «Precisamos mesmo dessa força dos adeptos».
No boletim médico, atualizado apenas no dia dos jogos, estão João Gonçalves, Luís Pires, Filipe Ferreira, Kurzawa, Augusto Dabó, Marco Ribeiro e Tomás Silva, enquanto Reisinho cumpre castigo e está fora do jogo frente ao Santa Clara.