7 Trubin — Exibição imaculada numa daquelas tardes difíceis em que um guarda-redes passa muito tempo a ver jogar lá longe e de quando em vez é chamado a intervir. Teve três excelentes intervenções (19, 47 e 51 minutos) e nada poderia ter feito nos golos sofridos, um de penálti e outro à boca da pequena área.

5 Tomás Araújo — Na primeira parte mostrou-se afoito pela direita e aos sete minutos quase marcava, de cabeça, na sequência de um dos inúmeros cantos conquistados pelos encarnados na fase inicial da partida. Perdeu atrevimento na segunda parte, também por força do crescimento do Arouca. Defensivamente regular.

6 António Silva — Volta, paulatinamente, a demonstrar a segurança que se lhe (re)conhece, depois de ter passado uma fase menos boa. Aqui e ali ainda denota dificuldade no passe, mas no trabalho defensivo esteve praticamente intransponível nas marcações, nos cortes, nas interceções e nas dobras aos companheiros de setor.

5 Otamendi — Esteve mais hesitante do que é costume, o que pagou com custos elevados no segundo golo, jogada na qual não teve reação suficientemente rápida para impedir a entrada de Dylan na área e o posterior cruzamento para Weverson. Está ligado ao lance mais polémico do jogo, com o árbitro António Nobre a considerar que cometeu penálti sobre Jason aos 67 minutos.

6 Carreras — É claramente um dos melhores executantes da Liga. Impressiona pela técnica e pela capacidade de galgar campo fora, sempre com a bola bem guardada. Fê-lo de forma exímia quando, aos 60 minutos, parecia ter descoberto a chave para desbloquear o jogo. Que jogada pela esquerda a que culminou no golo de Kokçu! Pena, para a nota global, ter-se distraído no 2-2, não conseguindo, a meias com Otamendi, fechar o espaço onde Alex Pinto descobriu Dylan.

6 Aursnes — Integrou o tridente do meio-campo mas, quando o Arouca saía a jogar, saltava na pressão alta juntamente com Pavlidis. É muito criterioso no futebol que joga. Serviu Kokçu, com um pequeno toque, para o primeiro golo e ofereceu ao compatriota Schjelderup o que teria sido o 3-1, não estivesse o companheiro em posição irregular. Imprescindível neste Benfica.

5 Florentino — A ocupação dos espaços e as consecutivas compensações no meio-campo defensivo são as maiores armas de Florentino, que por isso mesmo tem ganho espaço nas escolhas de Bruno Lage. A presença dele liberta os companheiros. Mas continua a mostrar algumas dificuldades no passe e, tal como já sucedera noutras ocasiões, foi uma vez mais desarmado por detrás por um adversário quando tentava sair a jogar.

5 Di María — Não sabe jogar mal, acaba inevitavelmente, aqui e ali, por sobressair pela enorme qualidade, mas tem dias melhores que outros. Este domingo não foi um dos melhores, claramente. Não esteve sempre ligado ao jogo da equipa.

7 Pavlidis — Além das soluções que oferece amiúde aos colegas de equipa, tentou que se fartou no capítulo da finalização. Um lance foi salvo em cima da linha, outro (após brilhante pormenor individual) pelo poste, outro só parou no fundo das redes, outros saíram menos bem, mas Pavlidis não leva para casa uma gota de suor.

5 Akturkoglu — Menos influente do que tem sido habitual, nem sempre tomou as melhores decisões no ataque encarnado. Esforçado, como é seu timbre, ainda fez a Luz gritar GOLO com um livre que saiu à malha lateral (83 minutos).

4 Schjelderup — Entrou para a esquerda e parecia bem embalado. Aos 84 minutos quase marcava de bico, aos 85 marcou mesmo mas partiu de posição irregular e no lance do 2-2 é o primeiro réu, já que não pressionou a saída do lateral-direito arouquense, Alex Pinto.

5 Belotti — Mostrou-se ao jogo, continuando o bom trabalho de Pavlidis.

Bruma — Mal tocou na bola.

5 Leandro Barreiro — Esteve muito ativo na fase em que o Benfica já vencia e ninguém pensava que o Arouca viria a empatar.

Arthur Cabral — Entrou para ouvir o apito final, já depois do balde de água gelada.