"O FC Porto tem que melhorar visto que não é a imagem dele. No último jogo [frente ao Casa Pia] já venceu. Ganhar é importante mas os sócios portistas são muito exigentes, ganhar não chega, tem que jogar bem também", atirou Jorge Andrade, sublinhando: "Este é um ano zero no FC Porto, com a mudança de direção, mudança de estratégia. É ter muita paciência porque esta caminhada não se faz em dois dias e o FC Porto tem que estar é unido".

À margem do pontapé de saída da edição 42 do Torneio Internacional da Pontinha, esta quinta-feira, com um jogo das estrelas onde pontificaram nomes de antigas glórias do futebol português, como Boa Morte e Carlos Xavier, entre outros, a defrontarem um onze de artistas, o antigo internacional português (que aqui foi treinador) falou também da "luta acesa" pelo título nacional considerando ainda que este ano "será o menos mau a vencer".

"Está a ser uma prova em que os da frente estão a perder muitos pontos, quem ganhar deve ser um dos campeões com menos pontos. Daí que vai ser emoção até ao fim mas porque existem muitos erros. É ver quem vai ser o menos mau a vencer", destacou, acrescentado ainda: "No entanto, o Sporting e o Benfica em momentos da época estiveram muito bem, conseguiram a liderança mas agora ao fim é pelo detalhe. Há confronto direto ainda, também, é esperar até ao fim. Para quem é adepto vai dar nervos, para quem vê de fora é emotivo, temos competitividade".

Já sobre a polémica em torno da arbitragem, atirou: "Em Portugal, se a arbitragem não fosse posta em causa era um milagre. Por isso não é novidade nenhuma mas, desde que seja tudo feito na base do respeito, penso que não vai haver qualquer tipo de problema. As equipas têm que tentar os seus objetivos e serem cordiais, vamos ver o que vai acontecer", referiu.

Quanto ao Torneio Internacional da Pontinha propriamente dito, o antigo craque que deu os primeiros passos na Reboleira e depois esteve ao mais alto nível no FC Porto, Deportivo da Corunha e Juventus, recordou: "Joguei este torneio pelo Estrela da Amadora quando era mais pequeno. Foi o meu primeiro contacto com equipas estrangeiras, lembro-me que joguei com formações de Moçambique, Espanha e Itália. Naquele tempo não havia muito contacto com equipas estrangeiras, o que foi uma alegria".

Para finalizar, Jorge Andrade realçou o crescimento e a notoriedade que a prova ostenta atualmente. "Hoje em dia, o futebol tornou-se mais global, as equipas portuguesas também vão para fora na Páscoa mas, este torneio tornou-se uma referência e estamos aqui para dar continuidade e manter as cores do CAC bem vivas. Este torneio tem de continuar a ser imparável", concluiu.