
Nasceu na Suíça, mudou-se para Portugal aos 12 anos, é jogadora, treinadora, árbitra e licenciada em Design de Moda. Foi desta forma que Catarina Fernandes, de 32 anos, se apresentou a Record quando o nosso jornal procurou saber mais sobre a história desta ainda atleta que regressou este ano à Festa do Basquetebol com uma nova função... 18 anos depois de ter feito a sua estreia.
E foi já à conversa com o nosso jornal que Catarina começou por contar que o basquetebol apareceu um pouco como acontece com grande parte dos mais jovens... devido à altura.
"Eu nunca tinha praticado qualquer modalidade, mas na escola para onde fui estudar perguntaram-me se eu gostaria de jogar basquetebol e eu aceitei. Nessa altura, com 12 anos, já media mais de 1,70m, então acho que foi por isso que me destaquei", começou por contar, lembrando a primeira vez que participou na Festa do Basquetebol Juvenil, ainda como atleta: "A minha primeira seleção distrital foi na altura em Vila Real, tinha 14 anos, penso eu, por isso foi há cerca de 18 anos. Depois, os dois anos seguintes já foram em Portimão, um pouco à semelhança do que acontece agora em Albufeira. Vou ser sincera, o espírito mantém-se intacto. Respirar basquetebol! São as duas palavras de ordem nestes dias."
Apesar de já ser árbitra em vários escalões, Catarina continua a ser atleta federada, um dado que a impossibilita de dirigir, por exemplo, encontros seniores do Campeonato Nacional da 2.ª divisão feminina.
"Sou jogadora federada, treinadora e árbitra, sendo que esta é a minha segunda época como árbitra. Neste momento apito jogos no distrito de Leiria, nacionais e distritais, jogos de formação até Sub-18, masters e seniores masculinos de CN2. Porque ainda sou jogadora, não posso apitar jogos feminino sénior de CN2", revela.
Tendo em conta o grande número de hobbies que tem e ainda o facto de trabalhar, Record questionou a Catarina a revelar-nos o seu método para conseguir ter tempo para tudo. "E ainda tenho um part-time ao fim de semana!", atirou de pronto, explicando de seguida como faz a gestão do tempo: "Basicamente trata-se de saber todos os horários com antecedência e tentar organizar-me de forma a conseguir fazer tudo. Treino e dou treinos durante a semana. Escolhi dar treinos a Mini-8 e Mini-10 porque não há torneios todos os fins de semanas e isso já torna tudo mais fácil de conciliar. Chego a apitar jogos antes e depois de um jogo meu de seniores e à noite vou trabalhar. É tudo uma questão de organização. É claro que a expressão 'tempo livre' não existe na minha vida, mas faço isto mesmo por gosto e porque adoro os miúdos."
Mesmo já com experiência acumulada na arbitragem, Catarina assume que sente algum nervosismo quando dirige um jogo na Festa do Basquetebol. "Este é o meu primeiro ano aqui nas Festas do Basquetebol e posso dizer que a adrenalina está no alto. Apesar de serem jogos de Sub-14 e Sub-16, sinto que a responsabilidade é a dobrar e o nervosismo a triplicar, pois temos os melhores jovens atletas do País aqui reunidos. Quem diz melhores atletas diz também melhores treinadores e melhores jovens árbitros", vinca.
Antes de terminar a conversa com Record, Catarina revelou ser "muito especial" poder voltar a marcar presença numa Festa do Basquetebol. "Estou a aproveitar esta experiência de outra forma, mas há uma coisa que nunca mudou: o gosto pela modalidade. Acho que cresceu com os anos e de forma diferente. Para mim, foi muito especial poder estar presente enquanto árbitra, permite que eu não desligue deste ambiente das Festas do Basquetebol", finalizou.