Como diz o cantor Miguel Araújo num dos seus sucessos musicais, Morten Hjulmand é mesmo neste momento, o capitão fantástico dos leões, um dos jogadores-chave e essenciais da estrutura do Sporting.

Depois da saída inesperada do internacional uruguaio Sebastián Coates, logo no início da época 2024/2025, que era capitão há quase uma década do clube, os adeptos ficaram algo apreensivos quanto ao sucessor do uruguaio.

Mas Rúben Amorim, então treinador dos leões, fez uma escolha que se revelou, no futuro, extremamente acertada que foi a escolha do dinamarquês Morten Hjulmand que apesar de ter somente um ano de clube, revelou-se a escolha acertada para o cargo.

Hjulmand que veio para o Sporting no início da época 2023/2024 vindo do modesto Lecce que em Itália lutava pela manutenção da série A, na altura já era capitão dos transalpinos e transferiu-se para Alvalade a troco de 19,5 milhões de euros.

Uma verba que inicialmente causou alguma desconfiança nos adeptos pelos valores envolvidos, mas o dinamarquês pode-se dizer que chegou, viu e venceu. Convenceu imediatamente os adeptos leoninos com a sua tranquilidade, segurança e capacidade de liderança que revelou desde que chegou. Desde o primeiro momento tornou–se o líder incontestável do meio-campo do Sporting.

É uma dos jogadores mais utilizados pelos treinadores que passaram por Alvalade. Atingiu os 49 jogos e quatro golos em todas as competições e nesta época sem estar terminada já vai nos 41 encontros e três golos, o que vem confirmar a sua importância não só no meio-campo leonino como na própria estrutura da equipa.

Nomeadamente, nesta época, quando, por lesão, o internacional dinamarquês que também já se impôs na competitiva seleção nórdica, esteve indisponível, sentiu-se bastante a sua ausência no miolo leonino pela sua calma e sentido posicional. Por isso, por vezes, parecia estar em todo o lado, revelando uma garra que o caracteriza e que o distingue dos demais centro campistas dos leões.

O médio defensivo dinamarquês muito devido às lesões, principalmente nesta zona do campo teve vários parceiros durante a época. Fizeram parelha com Hjulmand jogadores como Morita, os miúdos João Simões e Alexandre Brito e recente Rui Borges experimentou o internacional belga Zeno Debast. Este último foi até uma adaptação com sucesso no meio-campo, mas nunca nenhum deles teve a importância e o brilho que o nórdico teve no jogo do Sporting.

A capacidade de equilíbrio que dá à equipa numa zona nevrálgica do campo é essencial. Na altura de Rúben Amorim acrescentava às suas imensas qualidades a chegada à área, que permitiu marcar, por exemplo, em Braga no jogo de despedida de Amorim um golo pleno de oportunidade à entrada da área.

Morten Hjulmand é por esta altura uma das joias que Rui Borges não abdica não só para este eletrizante final de campeonato, mas também para o futuro. A direção leonina blindou-o com uma cláusula de 80 milhões de euros para evitar o apetite de tubarões que eventualmente quisessem levar o jogador neste mercado de Verão.

É verdade que é indiscutível a importância de Viktor Gyokeres no futebol do Sporting, não só pelos golos que marca mas também pelo trabalho que dá às defesas contrárias. Porém, na minha opinião, Hjulmand é tão importante que o avançado sueco nas dinâmicas da equipa e por todas as restantes caraterísticas que eu já citei neste texto.

O internacional dinamarquês é um capitão com intensidade e com grande ligação aos adeptos e um digno sucessor de Sebástian Coates no uso da braçadeira leonina. Quer pela sua capacidade liderança que já se tinha revelado em Itália como pela sua inegável qualidade enquanto jogador de futebol.