- O Sporting precisa apenas de um ponto para seguir em frente na prova. É mais difícil preparar os jogos assim, sabendo que o mundo inteiro está a ver?
- Preparamos o jogo para ganhar a qualquer um. Independentemente de que possa dar ou não um empate. Olhamos para o jogo com dificuldades e trabalhámos de forma a sermos superiores ao Bolonha. Independentemente do Bolonha não poder passar ou já não poder ter o apuramento para o play-off, é uma equipa muito competitiva, tem três derrotas no seu campeonato, é uma equipa que nos últimos doze jogos tem uma derrota, é uma equipa muito intensa, muito competitiva, muito forte em duelos, muito física. Vai-nos obrigar a estar muito, muito alerta nesse sentido. Conseguimos igualar esse aspecto intenso e competitivo do duelo individual principalmente, depois, claro, que sejamos capazes em termos coletivos e individuais com a nossa qualidade, em termos técnicos ou tácticos ou até estratégicos, conseguirmos sobrepor-nos ao adversário. Como disse, é um jogo de Champions, estão as melhores equipas da Europa.
- Fase à onda de lesões que assola o plantel tem de escolher entre a Champions e o Campeonato Nacional?
- O Sporting vai entrar para ganhar. Queremos ser muito competitivos, o clube assim o exige, toda a história assim o exige. Vamos entrar para ganhar, é esse o objetivo, faremos um bom jogo. Confiança total em quem jogar, seja no campeonato, na Taça, na Champions. Supertranquilo nesse sentido e superfocado no próximo jogo, é esse que tem sido o nosso caminho e foco enquanto equipa técnica.
- Gyokeres vai jogar amanhã? Pode especificar qual é a lesão que tem? E Morita?
- São dois jogadores que têm fadiga acumulada e têm tido alguns problemas nesse sentido. Estão os dois em dúvida. Hoje também tivemos de gerir o Quenda. Há outros com essa fadiga, uns com problemas mais específicos. São jogadores que têm de ser geridos dia a dia. É muito do sintoma, do dia a dia. Temos tentado gerir ao máximo, dentro do que achamos, de um diálogo com todos os departamentos do Sporting, que são muito bons, treinadores e jogadores em si, para tentar o melhor para o Sporting e para a equipa.
- Em recente entrevista Marcus Edwards assumiu a vontade de sair do clube. O que pode dizer sobre o assunto? Não voltará a jogar no Sporting?
- O Edwards está fora do jogo de amanhã. É o que posso dizer, apenas e só.
- Não entenda esta pergunta como uma provocação, mas sempre que fala de Edwards o seu semblante muda (tal como está a acontecer agora). É o maior problema que já teve desde a chegada ao Sporting? O mercado está a três dias de fechar e já disse que para entrar alguém, alguém tem de sair. Queria que isto se resolvesse rapidamente?
- Sinceramente, não sei se o semblante muda, talvez seja psicológico. Muda porque fazem uma pergunta que para mim é simples: não está disponível para amanhã, ponto. A resposta vai ser sempre a mesma. Não vou estar aqui a falar do Edwards nesse sentido. Não estará amanhã. Para mim é explícito, não me faz qualquer comichão.
- Tiago Teixeira, antigo adjunto do Sporting, disse que o plantel do Sporting é curto. Partilha dessa ideia? Na próxima temporada pretende mudar a filosofia e ter mais jogadores?
- Quero ser campeão nacional este ano, só isso. Não estou a pensar no próximo ano. Temos um plantel disponível, capaz, que tem dado resposta nos jogos. Estamos felizes com quem temos, felizes pela resposta que têm dado e queremos muito ser bicampeões. É esse o foco, o objetivo. Todos estão disponíveis para ajudar a equipa, independentemente da posição, do tempo que jogam. Estou feliz por treinar o Sporting e bem focado no objetivo de todos nós.
- Ainda voltando à lesão de Gyokeres. Está relacionada com alguma pancada que sofreu no jogo com o Nacional, mais concretamente ao minutos 19?
- Já disse a semana passada que não era no joelho. Tem a ver com a fadiga, com os minutos que tem. É dos jogadores com mais minutos a nível mundial até agora. Dita bem aquilo que são os minutos que tem, o que tem feito, o que tem dado pela equipa. Não só ele, mas há outros com fadiga. Tentamos gerir ao máximo, temos departamentos capazes. Aqui todos respeitamos todos, acreditamos muito uns nos outros, e todos são ouvidos. Queremos todos o melhor do Sporting e o melhor do Sporting será sempre o melhor para todos nós.