
O português Gastão Elias fez um balanço "muito positivo" da participação no Estoril Open, apesar da derrota diante do chileno Nicolas Jarry, na segunda ronda do Challenger 175, no Clube de Ténis do Estoril.
O tenista da Lourinhã, antigo 57.º do mundo e atual 339.º colocado, ainda chegou a liderar o desafio por 5-2 no terceiro set, mas desperdiçou um match point e acabou eliminado pelo adversário, 57.º do mundo, com os parciais de 6-2, 4-6 e 7-5.
"Foi uma combinação de azar e mérito dele. Acho que joguei bastante bem, com muitos primeiros serviços dentro e ele respondeu muito bem. Foi talvez o melhor jogo de resposta dele. Obviamente que se pode sempre fazer alguma coisa melhor, mas, ao mesmo tempo, é andar à procura de pelos em ovos", desvalorizou, sobre a oportunidade perdida de fechar o duelo.
Depois de ter ficado pela segunda vez na segunda ronda no Clube de Ténis do Estoril, Elias, que chegou duas vezes aos 'quartos' do Estoril Open no Jamor, em 2013 e 2014, defendeu que não deixou de ser "um encontro e um torneio muito positivo."
"É uma demonstração de que estou realmente a jogar bem, e não é só uma sensação minha. E isso acho que é óbvio, e deu para ver neste torneio, a competir a este nível, com dois jogadores do top 100 mundial. Por muito pouco não estou nos quartos de final. Apesar do dia duro, foi positivo de certa forma", resumiu, após ter eliminado na estreia o norte-americano Learner Tien.
Ainda sobre o encontro com Jarry, que vai defrontar agora o vencedor do embate entre o canadiano Félix Auger-Aliassime e o italiano Andrea Pelligrino, Gastão Elias lamentou o início do encontro, em que esteve a perder por 4-0.
"Realmente, não podia ter feito muito mais, de um modo geral. A única coisa que podia ter feito melhor era ter começado melhor o primeiro set. Comecei um pouco pesado, lento, e ele até a meio do segundo set tinha cerca de 80% primeiros serviços dentro. Contra um jogador destes, complica bastante a vida e fico feliz por, de certa forma, ter dado a volta ao encontro. As coisas não pareciam estar a correr bem para o meu lado e é muito positivo ter-me colocado numa posição de vitória", justificou.
Embora consumada a despedida do Challenger português, o mágico, alcunha pela qual é conhecido, ganhou confiança e motivação para o resto da temporada, para a qual tem objetivos bem definidos.
"Enquanto achar que tenho nível para andar nestas andanças e competir com estes jogadores vou continuar, e demonstrei isso esta semana, apesar de neste momento ter de voltar aos escalões mais abaixo, porque não tenho ranking suficiente para voltar aos torneios do Grand Slam, que é o meu objetivo neste momento", completou.