Frederico Varandas falou aos jornalistas após o Rio Ave x Sporting. Presidente dos leões tocou na atualidade desportiva.

Frederico Varandas falou após a vitória do Sporting diante do Rio Ave e consequente apuramento para a final da Taça de Portugal. Presidente dos leões tocou em vários temas.

«Primeiro aos meus jogadores e equipa técnica. O ano passado o Sporting fez uma das melhores épocas da história, mas esta teve uma coisa que superou: a minha admiração por eles e pelo que têm feito num dos anos mais duros e imprevisíveis num Sporting bem preparado. Para além das saídas a perda do Nuno Santos e do Pote, em janeiro fomos buscar um guarda-redes e um extremo, falava-se de laterais pela ideia de jogo do treinador. A estrutura e o treinador confiaram no Fresneda e que não era preciso lateral direito. Em fevereiro, de repente, perdemos quatro médios, o Morita, o Morten Hjulmand, o Bragança e o João Simões. Sei que por vezes analisamos a qualidade de jogo, comparações com o passado. Com um rápido exercício, nos últimos dois meses o Sporting só por uma vez teve dois médios disponíveis, três jogos sem um médio. Em todos os outros só com um médio em cinco, o Pote que é o quinto nome também não jogou. Para além de outras lesões, tivemos 11 jogadores lesionados. O Sporting entra na reta final da época na final da Taça de Portugal e competiu a 70% das capacidades e é líder do campeonato. Por duas vezes perdemos a liderança, por duas a fomos buscar, somos o melhor ataque, a melhor defesa e com o melhor marcador. Aconteça o que acontecer, não consigo ter maior admiração pelo grupo. O Trincão parte a mão na primeira parte do Santa Clara, o Morten tem duas lesões pequenas e joga, o Viktor Gyokeres sacrificou-se para tentar ajudar a equipa. Episódios atrás de episódios, jogadores a matarem-se para queimar fases na recuperação, o Pote está a tentar fazer uma pré-época. Um dia a lamentar-nos é um dia perdido, as adversidades reagem a lutar-se. Os jogadores têm lutado de uma maneira que não consigo arranjar paralelo. É importante ter um treinador que se adapta, mesmo tendo a sua ideia de jogo, a jogar com Eduardo Felicíssimo, Alexandre Brito, José Silva, Kauã, Lucas Anjos. O Sporting jogou com 37 jogadores. O surpreendente é que o Sporting caía há poucas décadas. Hoje só não cai como se agarra».

«Gostaria de dar uma segunda palavra aos adeptos do Sporting. Na rua, nos autocarros, na chegada ao estádio, não imaginam como dá energia aos jogadores. Sigam-nos, empurrem-nos, levantem-nos quando for preciso. Eles lutam como campeonatos nacionais. Estes jogadores vão dar tudo o que têm até ao fim».