
Como se trava Gyökeres? É a pergunta de 1 milhão de euros que 17 técnicos da Liga Betclic fazem, mas ainda não há uma resposta. Ferro, central do E. Amadora, foi o convidado especial do programa Record na Hora de ontem, no Now, e deixou claro que não existe uma... "poção mágica".
"Quero acreditar que ninguém prepara um jogo contra o Sporting a pensar num só jogador. Toda a gente sabe do seu poderio físico, passa muito por aí, mas não há uma ideia-chave, não existe uma poção mágica. Passa, isso sim, pela equipa tentar fazer o seu trabalho", referiu. "Tirar-lhe a profundidade pode ser uma opção, mas ele já demonstrou que dentro da área arranja soluções. É estarmos concentrados, fazer o nosso melhor e esperar que não esteja num dia sim", admitiu, revelando não ter preferência entre a marcação homem a homem ou à zona: "Ele gosta muito do contacto e até pode sentir-se mais à vontade com um jogador em cima dele, para conseguir rodar."
Sobre o duelo propriamente dito, o defesa, de 28 anos, quer voltar a surpreender, como em novembro em Alvalade. Pese embora a goleada sofrida (1-5), numa partida em que o sueco brilhou com um póquer e o ex-Benfica foi titular, os homens de José Faria demonstraram-se destemidos em vários momentos perante a 'máquina' bem oleada de Rúben Amorim, na altura a praticar um futebol vistoso. "Bem visto o jogo, esse resultado foi muito enganador. Por isso, é repetir o que fizemos e fazer uma surpresa ao Sporting, quem sabe...", sublinhou Ferro, considerando também que, desta feita, jogar em casa frente aos campeões nacionais, no Estádio José Gomes, poderá conferir uma vantagem para os tricolores: "O nosso campo é diferente em comparação com Alvalade, pois é um bocadinho mais pequeno. Treinamos lá a maioria das vezes e conhecemos melhor o campo, além de que agora vamos ter os nossos adeptos a ajudar."
Ficaria na Luz com Lage
Além do jogo com o Sporting, Ferro abordou também a sua carreira, nomeadamente a passagem pelo Benfica, tendo deixado elogios a Bruno Lage, que considerou o técnico com maior "impacto" no percurso. Na sua visão, se o treinador não tivesse sido despedido na reta final de 2019/20, talvez ainda representasse os encarnados. "Acredito que sim, pelo menos não teria caído da maneira que caí. Aconteceram muitas coisas e, por isso, prefiro não especificar", afirmou.
Considerando que os sacrifícios que fez no Benfica não foram reconhecidos na altura, regressar ao futebol português, pela porta do Estrela, foi um ato corajoso. "Tive de pensar muito bem, até porque tinha mais a perder do que a ganhar, mas se fosse hoje fazia a mesma escolha", garantiu.