Prestes a voltar à competição, nos 'meetings' de Rabat, no final de maio, do Mónaco, em julho, e de Budapeste, em agosto, a neerlandesa de 25 anos, campeã olímpica na estafeta mista 4x400 metros, notou a necessidade de alterar a preparação.

"Desde 2020, quando corri no Mónaco para a Liga Diamante, competi em todas as provas e desfrutei muito disso. Mas, depois de Paris2024, também pensei que seria bom mudar algumas coisas, não colocar tanta pressão em mim mesma para competir e estar no topo de forma, desfrutar do treino", declarou, em entrevista à AFP.

Bol prepara-se para defender o título mundial dos 400 barreiras em Tóquio2025, em setembro, e esta época saltou grande parte da época de pista curta, exceção feita a duas estafetas nos Europeus, coroadas de ouro.

Tem tentado "modificar a passada", mantendo as 14 entre cada barreira, e o regresso, na Liga Diamante que tem dominado desde 2021, com quatro conquistas finais sucessivas, deixa-a a sentir-se "pronta e realmente entusiasmada".

Questionada sobre objetivos até aos Jogos Olímpicos Los Angeles2028, a detentora de quatro medalhas olímpicas, oito em Mundiais e 12 em Europeus prefere "continuar a melhorar e ver onde isso pode levar".

"Tentarei, este ano, não pensar muito nos Jogos. Os últimos três anos foram repletos disso. Quero continuar no nível de prestação que tenho mantido, tentar baixar dos 51 segundos mais vezes, e correr contra grandes oponentes, como Sydney McLaughlin e Anna Cockrell. O nível está alto nos 400 barreiras", declarou.

De resto, prefere ser barreirista do que os 400 metros, que sente que "não ajudam" na preparação para a prova predileta, em que vai focar-se em Tóquio, a par das estafetas, sem falar no recorde do mundo ao ar livre, que McLaughlin fixou nos 50,37 em Paris2024.

SIF // JP

Lusa/Fim