Fabio Capello voltou a deixar algumas reservas em relação à época do AC Milan. O técnico italiano falou após a vitória dos rossoneri frente ao Inter Milão.

Fabio Capello continua de pé atrás com o AC Milan. O técnico italiano tem sido muito crítico com a equipa treinada por Sérgio Conceição, mas já deixou alguns elogios, após a vitória frente ao Inter Milão, nas meias-finais da Taça de Itália:

«O futebol é aquela coisa estranha em que o Milan, num ano que continua a ser extremamente dececionante, consegue derrotar o Inter – que está em primeiro lugar no campeonato e nas meias-finais da Liga dos Campeões – depois de ter infligido a sua terceira derrota em cinco dérbis, sem nunca ter perdido um e tendo já levantado a Supertaça perante os seus primos de Riade. Estamos no paradoxo dos paradoxos, mas a vitória de ontem foi clara, contundente, emocionante como em pouquíssimas ocasiões nesta temporada. É claro que, na primeira parte, a equipa de Inzaghi teve oportunidades para assumir a liderança, mas na segunda parte vi finalmente o Milan a jogar como o Milan: confiante, determinado, forte», afirmou Fabio Capello à Gazzetta dello Sport.

O experiente treinador italiano deixou, ainda assim, reparos para Sérgio Conceição e para o AC Milan:

«O Milan, por exemplo, tem a oportunidade de levantar o segundo troféu da temporada, como Conceição tem lembrado nos últimos tempos. Mas uma coisa é certa: nem mesmo vencer o Bolonha em Roma, a 14 de maio [final da Taça de Itália], salvaria um ano em que nem sequer se luta pela qualificação para a Champions League. Claro que é melhor ganhar um troféu do que não o ganhar, tanto mais que agora é a única forma de garantir um lugar nas próximas taças europeias. Será suficiente para confirmar Conceição no banco? A questão, na minha opinião, está mal colocada: no trabalho de um treinador, mesmo antes dos resultados na Supertaça ou na Taça de Itália, prefiro concentrar-me no balneário, perguntando-me se existe um caminho comum que possa fazer pensar com otimismo no futuro. Mas essas são considerações que só quem está dentro do Milan pode fazer e certamente não sou eu».