
Novak Djokovic procura o 100.º título da carreira em Miami. A última vez que ergueu o troféu neste Masters foi em 2016, e a última vez que o melhor tenista da história - 24 títulos Grand Slam - saboreou a conquista de um título foi em agosto do ano passado, com o ouro nos Jogos Olímpicos de Paris2024.
Desde então, Djokovic não tem jogado ao nível habitual, somando três derrotas consecutivas em torneios em 2025. Muitos dizem que a sua atenção está mais centrada nos assuntos fora do court, como a ação judicial movida pela Associação de Tenistas Profissionais (PTPA), que lidera, contra a ATP, a WTA e a ITF.
Apesar dessas alegadas distrações, o sérvio, atualmente n.º 5 do ranking ATP, tentará conquistar o título na Flórida, onde entrou isento da primeira ronda e, na segunda, enfrentará o vencedor do encontro entre Hamad Mededovic e Rinki Hidzikata.
O espanhol Alex Corretja, que sempre elogiou Djokovic, que fará 38 anos em maio, ao longo da sua carreira, comentou o momento do sérvio, que chega ao segundo Masters de março pressionado pelas derrotas em Melbourne, Doha e Indian Wells.
«Só o Novak sabe o que sente no seu coração. Espero que ele saiba exatamente o que quer para o resto da sua carreira. Jogar só por jogar não faz muito sentido. Djokovic precisa de perguntar-se por que razão ainda está no circuito. Qual é a razão? Qual é o seu objetivo agora e como pode alcançá-lo? Tudo isto é muito importante para se manter motivado», justificou o ex-tenista de 50 anos.
Corretja, que foi número dois do mundo, duas vezes finalista de Roland Garros e vencedor das Finals , afirma que todos os grandes jogadores passam por este processo no final da carreira: «É igual para todos. Começamos a perder velocidade, a bola já não sai com tanta força, perdemos precisão no timing… Não sei se o Novak já sente tudo isto, mas se sim, é sinal de que começou a perder algum do seu nível excecional», admitiu.
Djokovic já venceu seis títulos em Miami, e Corretja, analisando o início do segundo Masters da temporada, acrescenta: «Psicologicamente, as coisas já não são tão claras como antes. Perdem-se jogos que antes se ganhava, adversários que não tinham qualquer hipótese começam a acreditar que podem vencer. Ele é 100 milhões de vezes melhor do que eu fui e ainda tem enormes recursos.»
Após o Masters de Miami, Djokovic regressa à Europa para o início da temporada de terra batida.