
Ao perder, contra a Espanha por 58-69 (14-22, 18-19, 11.6, 15-22), nos quartos de final do Mundial feminino sub-19 de Brno, na Rep. Checa, Portugal não alcançou a ambicionada passagem às meias-finais no campeonato de estreia de uma Seleção Nacional no evento.
O conjunto de liderado por Agostinho Pinto, que é uma das grande sensações desta edição, sofreu apenas a segunda derrota até ao momento depois de ter sido batida, ainda na fase de grupos, frente ao Canadá. Irá agora lutar pelo melhor classificação entre o 5. e 8.º lugar – defronta o derrotado do encontro Estados Unidos-França - ainda assim o melhor da história do basquetebol nacional em qualquer escalão.
A equipa nacional até não entrou mal, conseguindo manter o jogo equilibrado até aos 10-10, mas depois, uma sequência de perdas de bola e más decisões face à pressão defensiva adversária, permitiram que as espanholas construíssem um importante parcial de 2-12 (12-22) nos quase 5 minutos que se seguiram que as lusitanas nunca mais conseguiram anular.
Apenas a 12s do fim do quarto inaugural Marta Rodrigues (9 pts, 4 res), e da linha de lance livre reduziu o fosso no marcador para 14-22 com que se entrou no 2.º período. Já nessa sequência os únicos pontos conseguidos pela Seleção haviam sido obtidos de lance livre (12-16), mas por Gabriela Fernandes (2 pts).
Os turnovers - Portugal terminou com 21(!) Espanha com 17 -, sobretudo cometidos no primeiro ou segundo passe no ataque, o que permitia que as pupilas de Ruben Burgos não só recuperassem a bola como lançar contra-ataques, foi uma das razões porque a formação das quinas nunca voltou a passar para a frente ou, pelo menos, igualar o resultado.
Ainda assim e depois de terem atingido o intervalo a perder por 32-41, ainda conseguiram encurta a diferença para 42-45 a 1.40m do fim do 3.º quarto (43-47) e mais tarde para 50-55 quanto restavam 5m no cronómetro para o apito final e procuravam atrapalhar as ações ofensivas das espanholas com uma defesa à zona 2x3.
Mas, uma vez mais uma série de turnovers levou as rivais a chegar ao 50-64 em apenas 2 minutos que depois souberam gerir.
Com 23 pontos (7/15 em lanç, de 2, 9/15 lance livre) a poste Clara Silva (7 res, 4 ass, 3 dsl) voltou a ser a principal figura da Seleção, terminando como a melhor marcadora da partida e com a maior valoração (+21) das duas equipas, mas a Espanha não cometeu um dos erros de Israel no encontro anterior e não permitiu que Clara ganhasse qualquer ressalto na tabela ofensiva. Aspecto, aliás, onde as espanholas foram claramente superiores: 32-46.
Além, Clara, mais nenhuma jogadora lusa atingiu a dezenas de pontos, ainda que Marta Rodrigues, Maria Andorinho (9 pts, 8 res, 3 ass) e Ema Karim (8 pts) tenham ficado perto das dezenas. Note-se ainda que Portugal registou 4/16 em triplos (25%), similar às adversárias (6/24), onde Somtochukwu-Blessed (13 pts, 4 res, 2 ass), Carla Osma (12 pts, 6 res, 3 ass) e Ines Sotelo (11 pts10 res, 2 ass) cotaram-se como as mais produtivas.