

O Mónaco tem proporcionado grandes corridas no que toca à Fórmula E e, com esta dupla ronda que passou (entre quatro e cinco de maio) com chuva à mistura, só confirmou que merece receber a categoria de fórmulas elétricos.
Sobre a primeira corrida…
A primeira corrida teve como surpresa a pole position de Taylor Barnard (Neon McLaren) que, recordamos, ainda é um novato neste mundo. Bateu o experiente Oliver Rowland (Nissan) na final da qualificação. Na corrida, o britânico da Nissan acabou por vencer ao ultrapassar o compatriota na volta 11.
Nyck de Vries (Mahindra), que não conseguia um pódio desde a temporada 8, na segunda corrida de Londres de 2022, com um terceiro lugar. Desta vez, terminou na segunda posição depois de uma penalização dada a Jack Dennis (Andretti).
No sábado ainda contámos com o Pit Boost a ser novamente usado na Fórmula E em conjunto com o Attack Mode para ajudar os pilotos a terem estratégias diferentes durante as 29 voltas.
Nico Muller (Andretti) também, esteve muito bem em corrida, ao terminar na quinta posição depois de começar na 14ª. Os Andretti andaram bastante bem durante a corrida número um o que poderia ser um bom presságio para a segunda sessão.
Já António Félix da Costa (Porsche) teve (o infeliz) azar e bateu na durante a corrida de sábado, ao ser tocado por Max Gunther (DS Penske) na penúltima curva do circuito. Foi o único a retirar-se da mesma logo à volta oito. O colega de equipa, Pascal Wehrlein, terminou na sexta posição, com a volta mais rápida.
Sobre a segunda corrida…
Já a corrida de domingo foi uma história idêntica, mas com outro vencedor (talvez ainda mais surpreendente). A primeira linha da grelha ficou para Oliver Rowland e Nyck de Vries, respetivamente em primeiro e segundo lugar. Mas o pódio final foi completamente diferente.
Tão ou mais caótica que a anterior, começou também em piso molhado mas manteve uma partida limpa entre todos os pilotos. E daí em diante, o caos instalou-se.
Lucas di Grassi, que tinha conseguido pódio na corrida de Miami com a sua nova equipa, Lola Yamaha, acabou por falhar a entrada para o túnel, acabando por bater no muro. O piloto brasileiro tinha começado da 11ª posição e ia ganhando posições até esse momento final.
Para Ticktum (Kia Cupra) a corrida não foi tão bonita assim. Depois de falhar o ponto de travagem saiu em frente sem bater em ninguém, mas, teve de fazer um 180º para regressar à pista e nisso caiu para a última posição, quando andava em luta pela sétima posição.
Não demorou muito para termos o nosso Safety-Car em pista. Nico Muller bateu no muro e não conseguiu tirar o carro para uma zona segura. O que seria de esperar tendo em conta a pista que o Mónaco é, dificilmente se consegue retirar em segurança.
Com metade da corrida passada, Sebastien Buemi (Envision) já andava pelos lugares de pódio onde já tinha acabado o ano passado (Londres #1, acabou em P3).
Lutou por posição contra Rowland, Vergne e de Vries. Ultrapassou todos (também por ativação do modo de Ataque) e chegou à primeira posição onde ficou até ao fim da corrida. Tornou-se, assim, três vezes vencedor do Mónaco na Fórmula E. Buemi não vencia desde Nova Iorque #1, na temporada cinco. Isso já foi em 2019 e ultrapassou o marco dos mil pontos marcados na F-E desde 2014.
A menção honrosa fica para António Félix da Costa que, tendo um péssimo início no sábado, acabou por compensar no domingo, ao terminar na quarta posição, a dar luta até ao fim a Nick Cassidy e ainda conquistou a volta mais rápida da corrida.
A próxima jornada será também de dupla ronda, desta vez no Japão, de 17 a 18 de maio.