Golo de Rodrigo Mora aos 20 minutos. Golo de Rodrigo Mora aos 57 minutos. O FC Porto venceu o FC Famalicão por 2-1 e contou com a ajuda preciosa de um dos seus maiores criativos, tendo em conta os lances que desenhou para chegar ao triunfo. Os forasteiros viram a sua série positiva (três vitórias seguidas) chegar ao fim, pese embora o grande golo de Pedro Bondo, aos 82 minutos.

Relativamente ao último encontro, Martín Anselmi não mudou qualquer peça e exibiu o mesmo onze que derrotou o Casa Pia. Do outro lado, Hugo Oliveira apostou em Rafa Soares, Lucas Calegari e Václav Sejk para os lugares que pertenceram a Pedro Bondo, Rodrigo Pinheiro e Simon Elisor.

Endiabrado!

Duas equipas que chegavam a este embate com a moral relativamente em alta, tendo em conta as vitórias alcançadas na jornada passada. Ideias positivas, muito público nas bancadas - um pouco longe da lotação esgotada anunciada pelos dragões - e protagonistas com qualidade: estava tudo reunido para um belo duelo neste feriado.

Eustáquio voltou a ser titular no eixo da defesa @Catarina Morais / Kapta +
Os primeiros 15 minutos foram o oposto disso mesmo. Aborrecidos, até. Dois emblemas com medo de errar, poucos remates e alguns assobios provenientes de uma bancada azul e branca com cada vez menos paciência para a estratégia do técnico argentino, que continua a privilegiar a saída de bola a partir de trás para tentar criar perigo.

Para quebrar esta monotonia, apareceu um «génio», pois claro. Rodrigo Mora. Já tinha dado o ar da sua graça em Rio Maior. Voltou a demonstrar as suas qualidades acima da média, agora no Dragão. Inventou um golo sozinho, aos 20 minutos. Recebeu um passe de Francisco Moura, tirou adversários da frente e rematou - a bola ainda sofreu um desvio. Afinal, também é preciso um pouco de sorte.

Nem este golo animou uma primeira parte pouco entretida em termos de futebol. O FC Porto tinha o controlo da posse de bola e tentou, aos poucos, dilatar a vantagem. O FC Famalicão apostava na criatividade dos atletas mais ofensivos para chegar ao empate, um cenário que não foi verificado até ao intervalo. 45 minutos que 'valeram' pelo lance de génio de Rodrigo Mora.

Aplaudido de pé

A segunda parte começou como terminou a primeira: com poucas oportunidades junto das duas balizas, alguns assobios e entretenimento quase nulo dentro de campo. Tudo mudou, porém, aos 57 minutos, altura em que Rodrigo Mora... pegou na bola na área contrária. O resto? O resto é história.

Sorriso não conseguiu mostrar as suas qualidades @Catarina Morais / Kapta +
O camisola 86 aproveitou um mau alívio contrário, «dançou» à frente da defesa famalicense e rematou - em arco - para dentro do alvo pretendido. É sempre bom relembrar que tem apenas 17 anos, mas continua a ser FUNDAMENTAL na estratégia portista, tendo em conta a maneira distinta como olha para o que está à sua frente. Diferenciado.

Pouco tempo findado, a ovação de pé da plateia do Dragão. Deu lugar a Gonçalo Borges e recebeu o maior aplauso da noite, numa altura em que Martín Anselmi refrescou os jogadores que tinha à disposição. Todos se levantaram para agradecer ao jovem criativo, que foi fundamental enquanto esteve em campo.

Rodrigo Mora, aliás, viu do banco de suplentes a terceira 'obra de arte' deste início de noite, agora desenhada por Pedro Bondo. O lateral esquerdo, que foi lançado com o decorrer do duelo por Hugo Oliveira, fez um cruzamento/remate que traiu Diogo Costa, que não conseguiu evitar o reduzir da desvantagem, mas insuficiente para algo mais.