Portugal vai enfrentar a Dinamarca nos quartos de final da Liga das Nações. Diogo Dalot foi a cara de mais uma conferência de imprensa.

Diogo Dalot esteve presente em conferência de imprensa na Cidade do Futebol. Portugal vai enfrentar esta quinta-feira a Dinamarca na primeira mão da Liga das Nações, com duelo marcado para as 19h45 em Copenhaga. O lateral português começou por ser questionado sobre a adaptação de Ruben Amorim e o período do Manchester United:

«É uma adaptação difícil, como é sempre para cada jogador e treinador que chega à Premier League. Tem sempre de passar por esse período. Ruben Amorim não tem de mostrar o grande treinador que é, porque isso já mostrou. Acima de tudo o futebol define-se por resultados e no final do dia, temos de melhorar. Acho que temos vindo a melhorar. O início foi bastante difícil, mas acreditamos que conseguiremos sorrir no final e que ele tem mais do que capacidade para ser um grande treinador da Premier League».

Diogo Dalot falou sobre a transferência de Geovany Quenda para o Chelsea:

«Acho que é uma demonstração do jogador português e do futebol em Portugal. É um jogador com grande qualidade, bastante promissor e é por isso que está tão novo na Seleção. Acho que ele sabe que estar aqui não é para todos, poder representar um clube grande na Premier League também é uma responsabilidade».

«Acima de tudo é um jogador que é feliz a jogar futebol e estamos cá para o ajudar. Foi sempre a sua qualidade que o fez chegar até aqui, mas também tem de trabalhar muito. O mais difícil se calhar não é chegar lá, mas sim continuar. Acredito que tem todas as capacidades para isso», completou Diogo Dalot sobre o tema.

Diogo Dalot celebra esta terça-feira 26 anos e fez ainda um balanço:

«Felizmente já passei vários aniversários na seleção, calha sempre em datas FIFA. Dos sub-15 até à seleção principal, fui sempre estando presente. Tive esse privilégio. O Diogo de hoje é mais responsável, que joga num bom clube e representa uma seleção grande. Temos vindo a crescer como país, como grupo, como seleção. A responsabilidade é grande. Temos a noção de que os portugueses esperam muito de nós. É sinal que a seleção e o país estão a crescer. A melhor prenda que eu podia ter era ganhar os dois jogos que temos pela frente».

Diogo Dalot destacou ainda o seguinte:

«Sabemos que estar na seleção ou ser jogador é algo temporário. Não vamos jogar futebol toda a vida. Cada vez que estamos cá, há sempre o feeling de que ser jogador da seleção não é garantido. É aproveitar ao máximo, em cada competição que temos. Vemos jogadores que ganharam o Europeu e a Liga das Nações. Individualmente, é uma conquista boa para cada jogador. Quero fazer parte disto. Sinto que tenho de dar o máximo que conseguir para ganhar e estar na história de Portugal, como um jogador que conquistou títulos. Conversa com Cristiano Ronaldo? Não posso dizer».

Portugal vai enfrentar a Dinamarca agora nos quartos de final da Liga das Nações e por isso pode haver duelo de Diogo Dalot com Rasmus Hojlund e Christian Eriksen:

«A partir do momento em que saiu o sorteio, há sempre a conversa e a picardia normal. Esta semana brincámos com o facto de o Hojlund ter feito golo. Eu e o Bruno brincámos com ele para fazer uma pausa de uma semana. É normal. Quando entramos em campo, deixamos de ser colegas de equipa e passamos a estar em lados opostos».

Diogo Dalot foi questionado sobre se vê um futuro com José Mourinho como Selecionador Nacional:

«Não sei. O futuro nunca conseguimos prever. Temos agora um grande selecionador, que foi também importante na minha carreira para me fazer crescer. Acho que ele consegue deixar uma marca em cada jogador. É muito difícil para os treinadores. Nós, jogadores, partilhamos do mesmo sentimento. Vem de um contexto difícil, por não ser do país onde estamos. Quer fazer parte da nossa nação e quer ganhar por Portugal».

«Tenho um grande apreço por José Mourinho. Estarei eternamente grato e tentarei sempre manter essa ligação. Foi, sem dúvida, alguém muito importante na minha carreira, mas esse é um cenário que não consigo prever», acrescentou ainda.

Diogo Dalot falou sobre a vontade de Portugal ganhar a Liga das Nações:

«Objetivamente, queremos ganhar. Estamos a crescer como país e seleção. No futebol, o resultado final será sempre a imagem do que conseguimos dar. Nas últimas competições, saímos sempre com o sabor de que poderíamos ter chegado mais longe. A cada treino, a cada estágio, tentamos replicar isso em campo. Temos dois jogos para poder estar na final four».

Diogo Dalot foi questionado sobre uma possível mudança Viktor Gyokeres para o Manchester United:

«É uma pergunta difícil de responder. Portugal tem muita qualidade individual. Temos o caso de um jogador que sai de um clube português para a Premier League. O Quenda não será o único. Espero e acredito que possa acontecer a outros jogadores. Não lhe sei responder se será o Gyokeres ou outro jogador qualquer».

Quem terá a primeira ou a última fatia do bolo de aniversário»

«Ainda está para vir o momento. Normalmente acontece ao jantar. Pode ser para o mister, para o capitão ou para o próprio aniversariante. É para quem calhar. Vamos enfrentar uma seleção difícil. Eles lutam contra qualquer seleção de forma aguerrida. Sabemos que se conseguirmos igualar a energia, vamos conseguir competir. Temos capacidade para vencer os dois jogos. Temos de trazer para Portugal uma vitória».

Diogo Dalot deixou elogios a Cristiano Ronaldo:

«Já é difícil ter mais adjetivos para descrever o Cristiano. Para mim e acredito que para os restantes companheiros, é um orgulho enorme poder continuar a tê-lo aqui na seleção, partilhar momentos com ele, ‘beber’ um bocadinho da experiência dele. Existe essa energia e sensação de querer vê-lo vencer grandes competições por Portugal».

«A vontade e o amor dele em vencer por Portugal não pode ser questionável. Utilizando isso como exemplo, seria uma história bonita para o futebol português vê-lo ganhar o máximo de troféus possíveis. Cada jogador quer estar ao lado dele num momento desses», completou.

Diogo Dalot falou sobre a sua relação com Cristiano Ronaldo:

«O Cristiano tem uma grande ligação com todos os companheiros. Sendo o jogador que mais tempo passou aqui é quem conhece melhor a casa, conhece melhor as pessoas. Há sempre uma boa receção da parte dele. É uma pessoa bastante aberta, muito comunicativa com todos. Ser companheiro de equipa dele no Manchester United fez-nos crescer a ligação, que é boa. Considero que todos os companheiros têm acesso ao Cristiano como eu, pela capacidade que tem em comunicar com toda a gente, sem dificuldades para ninguém».

Diogo Dalot foi também questionado sobre se esta é a melhor seleção de Portugal de sempre:

«Se há algo que eu aprendi no futebol é que aqueles que ganham são os que são relembrados. É um pouco relativo dizer se somos a melhor seleção de sempre. Se queremos ser lembrados como uma das grandes seleções, ou talvez a melhor do futebol português, temos de ganhar. Se não conseguirmos materializar isso em resultados, será difícil quantificar e comparar com outras seleções. Temos muita qualidade e temos de materializar isso em resultados».

Diogo Dalot fez um balanço geral da carreira:

«Quando começamos a jogar futebol sonhamos sempre alto. Queremos sempre ser os melhores do mundo e ter acesso a isto, que tenho o privilégio de ter. O futebol é cada vez mais sério. Vamos ficando com mais responsabilidade e mais atenção na parte física e tática, assim como fora do jogo. Fui crescendo e procurando estar mais preparado, para poder estar num clube grande e representar a seleção. Era um objetivo meu e trabalhei muito para estar aqui. É uma responsabilidade grande continuar a este nível. Requer muito trabalho e muitas horas de dedicação».