Bruno Lage analisou a vitória do Benfica diante do FC Porto. O técnico das águias respondeu à questão do Bola na Rede.

Bruno Lage fez o rescaldo do triunfo do Benfica contra o FC Porto por 4-1, o segundo pelo mesmo resultado nesta temporada. O Bola na Rede esteve no Estádio do Dragão e teve a possibilidade de colocar uma questão ao treinador dos encarnados.

Bola na Rede: Hoje o Di María tem um papel muito importante do ponto de vista defensivo, fazendo o acompanhamento do Francisco Moura e fazendo muitas vezes uma espécie de linha de 5. Como é que vê a importância do Di María neste jogo deste ponto de vista e se o posicionamento mais recuado do argentino o permitiu ter mais vezes de frente para o jogo para lançar e incentivar a procura do lado esquerdo como lado de chegada nas costas da linha defensiva do FC Porto?

Bruno Lage: Sim, quer a defender, quer a atacar. Não gosto de olhar muito para as estatísticas do jogo, mas creio que o Di María na primeira parte foi o nosso jogador que mais bolas recuperou. Se calhar termina aquele tabu de início de época, quando cá cheguei, que o Di María não defende. Acho que ele hoje deu uma lição de como pode defender e como pode jogar ligeiramente mais baixo para depois sair a pressionar. Mérito total do jogador de entender os dois jogadores que apareciam naquela posição. A única coisa onde tentámos surpreender o FC Porto, porque aquilo que foi a análise ao longo da partida, foi alterar a nossa saída a três. Normalmente fazemos pelo lado esquerdo, quer pelo Carreras quer pelo Kokçu, e desta vez fizemos pelo lado direito. Meter o Tomás [Araújo] numa posição mais baixa e o Akturkoglu e o Carreras do lado contrário mais subidos. Tínhamos feito e fomos recuperar algumas ideias do que tínhamos feito com o Boavista. Esse foi parte do jogo. A atacar foi o que tentámos fazer com o Boavista, salvo erro na sexta jornada, e a nossa organização defensiva, porque o FC Porto mete muita gente por dentro com muita qualidade, foi tentar replicar o que fizemos com o AS Mónaco.