O SC Braga vai fazer o terceiro jogo da temporada frente ao Benfica, desta feita a contar para os quartos de final da Taça de Portugal, depois de ter vencido no Estádio da Luz para a Liga (2-1) e de ter perdido, em Leiria, nas meias finais da Taça da Liga (0-3). Contudo, Carlos Carvalhal, treinador dos guerreiros, antecipa uma partida (esta quarta-feira às 20.45 horas) completamente diferente, na qual a sua equipa tem de ser muito solidária.

«Este jogo não tem nada a ver com os outros dois, é um jogo da Taça de Portugal, com características também diferentes. Um jogo obviamente, difícil, é um dos jogos mais difíceis que nós temos quando vamos jogar a este tipo de estádios, temos consciência disso. Acima de tudo, a nossa equipa tem que continuar a fazer o que tem feito, tem que fundamentalmente acreditar que é possível passar, isso é o primeiro passo, é o primeiro ponto. O segundo ponto é importante manter a mesma humildade e os pés no chão, que nos tem ajudado a conseguir um percurso excelente, principalmente em 2025. E na mesma proporção da humildade alguma astúcia, alguma personalidade e muita ambição. Temos que ter um bocadinho de tudo isto, jogarmos juntos, estarmos, acima de tudo, dentro do campo como uma família. Sabemos que vamos ter momentos de grande dificuldade e temos que nos unir e estar juntos. Temos que ter o nosso momento também para fazer golos, porque queremos passar.»

Os arsenalistas têm realizado um trajeto interessante, desde o início de 2025, e atravessam um bom momento, mas também o Benfica passa por uma fase de sucesso. O técnico, de 59 anos, revelou que isso pode tornar o jogo mais interessante, apontando para a capacidade de trabalho dos seus jogadores.

«Parecem as duas num bom momento, sem dúvida. Vamos esgrimir argumentos contra uma equipa que está forte, que tem vindo a ganhar jogos. Nós temos que fazer o nosso trabalho, acreditar muito, trabalhar muito, correr muito, ser humildes e ter consciência que vamos ter momentos em que vamos ter que estar como uma família, bem juntinhos, bem agarrados uns aos outros. Ao mesmo tempo, temos que ter a irreverência suficiente para conseguir assustar a linha defensiva do Benfica e fazer golos para podermos passar à próxima fase.»

Carlos Carvalhal ainda esclareceu todas as dúvidas em relação aos jogadores lesionados, destacando que Fran Navarro já está apto para dar o seu contributo à equipa.

«O Vítor Carvalho já anda no campo, mas ainda demora um bocadinho. O Sikou [Niakaté] está ali a bater à porta, deve estar a bater à porta nesta altura para ser convocado e o Rodrigo Zalazar também já anda no relvado ainda deve demorar mais umas duas semanas, mas está a evoluir bastante bem. O Fran Navarro está a 100 por cento e já agora o Racic, que sofreu um toque no último jogo, também está a 100 por cento.»

Bruma, agora no Benfica, vai reencontrar a ex-equipa e o seu antigo treinador reconheceu o seu valor, mas não quis individualizar a sua análise.

«É um jogador muito perigoso, está a fazer a sua melhor época de sempre. Quando saiu daqui, em meio ano, já tinha o seu melhor registo, em termos de assistências e de golos. Mas, sinceramente, não nos preocupa um jogador em específico, mas sim o coletivo do Benfica. Se nos preocuparmos individualmente com cada jogador do Benfica, jogadores de seleção, de nível muito alto, não jogaríamos, e nós queremos jogar. A preocupação é aquela que nos merece que é o respeito pelo coletivo do Benfica que é forte. Temos que estar focados e ser coletivamente muito fortes, só uma equipa coletivamente muito forte, que é que consegue vencer o Benfica no Estádio da Luz. Poucas equipas venceram o Benfica em sua casa.»