O contingente argentino no FC Porto sempre foi mais famoso na relva do que na função de treinador. Martín Anselmi é apenas o quinto técnico nascido na Argentina a ocupar o comando dos dragões, sendo que os quatro antecessores ficaram bem lá para trás na História azul e branca.
Para os mais jovens, de resto, serão nomes completamente desconhecidos.
Eladio Vaschetto treinou o FC Porto em duas épocas: 1947/48 e 1951/52. Não conquistou nenhum troféu oficial para os dragões, mas fez história no México, à semelhança de Anselmi. No caso de Vaschetto, o feito maior foi outro: marcou o primeiro golo de sempre do Puebla FC no campeonato azteca.
Foi com Vaschetto no banco, porém, que o FC Porto derrotou a 13 de maio de 1948 o Arsenal, por 3-2 no Estádio do Lima. Garantiu aos dragões a Taça Arsenal, o troféu de maior dimensão física exposto no Museu.
Em 1948, Alejandro Scopelli sucedeu a Vaschetto. O FC Porto acabou esse campeonato no quarto lugar e chegou aos quartos-de-final na Taça de Portugal. Treinou também o Belenenses e o Sporting. Afamado avançado, notabilizou-se no Estudiantes e na Europa brilhou na Roma e no Inter. Faleceu em 1987 na Cidade do México.
A seguir a Scopelli, o FC Porto experimentou os conhecimentos de Francisco Reboredo. Representara os dragões na década de 30 como futebolista e voltaria em 1949 no papel de treinador. Fez duas breves comissões de serviço nas épocas de 49/50 e 59/60, para se consolidar finalmente entre 1960 e 1962. Faltou-lhe um campeonato nacional, tal como aos antecessores.
Na temporada de 1952/53, a meio das experiências de Reboredo, o FC Porto trabalhou com Lino Taioli. Resistiu apenas 11 jogos e saiu após derrotas consecutivas contra Lusitano de Évora e Atlético.
63 anos depois do último compatriota, Martín Anselmi tentará o que nenhum deles foi capaz de atingir: o título de campeão português.