
As ações da Benfica SAD subiam esta terça-feira para 4,33 euros, o valor mais alto desde janeiro de 2022, com mais de 27 mil títulos a mudarem de mãos, volume que não atingia desde agosto de 2024.
Pelas 12H45 em Lisboa, os títulos subiam, assim, 11% face à abertura do mercado e 3,59% em relação ao fecho de segunda-feira.
Cerca de uma hora antes cotaram nos 4,39 euros.
Até às 12H45 foram transacionados 27.006 títulos, num volume de negócios de cerca de 111,5 mil euros.
Hoje, em entrevista ao Jornal de Negócios, o maior acionista individual da Benfica SAD, José António dos Santos, que detém direta e indiretamente 16,38% do capital, disse que a vender os títulos encarnados e brancos só se vendesse tudo e "no mínimo" a 12 euros por ação. "Isto ao dia de hoje, porque amanhã pode não ser assim", escreve o jornal.
Na quarta-feira, dia 7 de maio, o Benfica anunciou que vai requerer a nulidade do leilão que permitiu a um licitante adquirir as ações detidas pelo antigo presidente Luís Filipe Vieira na SAD 'encarnada', pelo valor de 7,07 euros.
"O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros", referem os encarnados, em nota divulgada no seu site oficial.
Contudo, o Benfica assinalou que, "até ao momento, não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência, pelo que, cautelarmente, já requereu a nulidade da venda".
Em 5 de maio, o clube da Luz anunciou a intenção de adquirir as ações correspondentes a 3,28% da SAD encarnada que foram penhoradas ao antigo presidente Luís Filipe Vieira no âmbito de um processo executivo.
"O Sport Lisboa e Benfica informa os seus sócios e adeptos que tem vindo a acompanhar ao longo dos últimos meses com toda a atenção e rigor o processo executivo onde foram penhoradas ações detidas por Luís Filipe Vieira. Nesse sentido, comunicou atempadamente ao tribunal competente o seu direito de preferência sobre as referidas ações no âmbito do leilão previsto", anunciaram, nesse dia, as águias.
Adicionalmente, o Benfica vincou que "tudo fará no superior interesse do clube para adquirir esse volume de ações, que representa 3,28% do capital da SAD".
No mesmo dia, o Jornal de Negócios avançou que o bloco de títulos que estava nas mãos de Vieira iria ser colocado em leilão pela casa de investimentos espanhola JB Capital e que o Benfica ia exercer a sua opção de compra sobre as mesmas.
Segundo o jornal, as ações do antigo presidente do Benfica foram arrestadas pelo Novo Banco em novembro de 2021, em resultado de uma providência cautelar paralela a uma ação executiva na qual o banco reclamava o pagamento de 7,5 milhões de euros de um financiamento feito à Promovalor.
Como a dívida não foi saldada, o Novo Banco acionou as livranças pessoais dadas por Luís Filipe Vieira, entre as quais se incluía a participação na SAD 'encarnada'.
O leilão decorreu por iniciativa do agente de execução do processo, que mandatou a JB Capital para alienar a referida participação.
A posição de 3,28% corresponde a um total de 753.615 ações.
Cotadas e nas primeiras três posições do campeonato de futebol masculino contam-se ainda as ações das SAD do Sporting e do Porto.
Os títulos do Sporting - que é líder face à vantagem no confronto direto com o Benfica - negoceiam estáveis desde a abertura e a perder 4,76% em relação ao fecho de segunda-feira, a valer um euro e com 8.896 títulos a mudarem de mãos, num volume acumulado do mesmo valor (8.896 euros).
As ações da SAD do Porto ficaram estáveis na sexta-feira -- último dia que transacionaram - face à abertura, mas a ganhar 0,98% em relação ao fecho de quinta-feira, a valer 1,03 euros e com 2.009 títulos a mudarem de mãos.