Cristiano Ronaldo e Roberto Martínez assumem, na conferência de imprensa de antevisão à partida frente à Dinamarca, que a equipa das quinas falhou em vários aspetos na primeira mão dos 'quartos' da Liga das Nações, em Copenahaga. Apesar de Portugal estar em devantagem (1-0), CR7 e o técnico não têm dúvidas de que os jogadores lusos darão uma resposta à altura, no domingo.

O capitão da Seleção Nacional assume que pretende sair do Estádio José Alvalade, no domingo, "com a cabeça erguida", o que para o internacional português significa "fazer um bom resultado e passar". "Tranquilos que amanhã vai ser uma noite bonita", assegura.

CR7 nega que no jogo da primeira mão tenha faltado atitude aos atletas portuguesas, mas não esconde que a nível técnico houve falhas.

Ainda assim, assume que a equipa lusa tudo fará para que o desfecho do próximo duelo seja diferente:

“Não há que agora estar aqui nervoso. O passado é passado, agora é focar hoje, fazer um bom treino, unir as tropas e amanhã estar positivo de que vai ser uma grande noite. E é assim que temos todos que pensar. Se todos os portugueses que estão aqui dentro são orgulhosos do país, da sua nação, têm de pensar assim.”

Questionado se falta exigência à equipa nacional, Cristiano Ronaldo garante não concordar e defende que a Seleção Nacional, “tirando um ou outro jogo”, “tem jogado bem e mantido um nível excelente”.

CR7 fala em “negativismo à volta da seleção”

Lamenta também que haja um “negativismo à volta da seleção” e acusa a comunicação social de faltar ao respeito com algumas perguntas durante as mais recentes conferências de imprensa.

Reforça ainda que a equipa está focada em alterar o rumo da eliminatória e assume que, se pudesse não jogar em detrimento de uma vitória da equipa das equipas “assinava já por baixo”:

“Eu vou defender as cores de Portugal até à morte, como sempre. E, por isso, se amanhã não marcar, mas a equipa a ganhar, eu vou para casa feliz, porque sei que isto é o futebol, isto é a minha vida.”

O camisola sete recusa atribuir as culpas do mau resultado de quinta-feira ao selecionador e afirma que a responsabilidade é de todos os elementos do plantel. “Quando se ganha, ganhamos todos. Quando perdemos, perdemos todos”, acrescenta.

Sobre a receita para o sucesso, CR7 esclarece:

“De vez em quando, não corre como nós desejamos. Faz parte, seguir o dia seguinte, levantar, continuar a trabalhar e continuar a pensar que, na esperança, vamos melhorar, vamos fazer jogos melhores e vamos ganhar.”

O capitão luso entende também que é normal os atletas não terem na seleção o rendimento que têm nos clubes:

“Para já, porque num clube é um ano inteiro, os mecanismos são totalmente diferentes. Na seleção é temporário, não jogamos juntos todos os dias

Martínez assume que seleção "não mostrou a sua identidade"

Depois de Cristiano Ronaldo, é Roberto Martínez, selecionador nacional, a perspetivar a partida de domingo.

O treinador da Seleção Nacional começa por assumir que, na Dinamarca, a equipa lusa “não jogou, não mostrou a sua identidade e não acompanhou a agressividade” do adversário.

O técnico não abriu o livro sobre o seu futuro profissional, caso Portugal não atinja a próxima fase da Liga das Nações, e garantiu que a pressão que sente é a pressão que coloca na equipa.

“Nos últimos 27 jogos eu estou a ver uma equipa muito comprometida. Estamos a crescer e o objetivo é tentar apurar para a ‘final four ’ neste momento.

Apesar do mau resultado no último jogo, Martínez entende que os atletas portugueses demonstram “compromisso e dão tudo pela camisola”.

Para o duelo de domingo, que será fundamental para as aspirações lusitanas na competição, o selecionador insiste que, contrariamente ao que aconteceu na primeira mão, é essencial “mostrar a identidade” do conjunto português.

“Com bola não criámos superioridades numéricas por dentro. Não chegámos ao último terço, há muitos aspetos que precisamo s de ajustar”, nota.

A Seleção Nacional defronta a Dinamarca no domingo, no Estádio José Alvalade, a partir das 19:45.