
A decisão foi anunciada num comunicado emitido após a reunião da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), em Luanda.
O partido saudou o encontro recente entre Adalberto Costa Júnior e o Presidente da República, João Lourenço, encorajando o líder a "continuar a construir pontes para o diálogo" e condenando, por outro lado, os "persistentes e sistemáticos ataques" contra o presidente da UNITA, através da alegada "orquestração de golpes de Estado" e da exclusão dos órgãos de comunicação social públicos.
A reunião, que decorreu sob o lema "Para a Alternância do Poder: Disciplina, Lealdade e Coesão", abordou também questões políticas, económicas e sociais consideradas críticas.
"A Comissão Política constata com preocupação a contínua deterioração da situação política, económica e social que afeta de forma transversal a população angolana, como: a elevada taxa de desemprego, o aumento exponencial do custo de vida, a inflação galopante, a interferência do poder executivo no poder judicial, a obstrução da participação da sociedade civil no diálogo a favor de leis que garantam transparência eleitoral", lê-se no comunicado.
A direção do partido defende "um esforço conjunto de construção de consensos e implementação de políticas que promovam a inclusão social, o bem-estar dos cidadãos e fortaleçam o Estado Democrático de Direito".
A Comissão Política expressou ainda solidariedade para com as famílias das vítimas da epidemia de cólera que continua a afetar várias províncias do país, apelando ao executivo para que "dê respostas concretas para estancar esta epidemia".
A UNITA solidarizou-se também com as vítimas do incêndio da plataforma petrolífera BBLT, operada pela subsidiária da Chevron Cabgoc, ao largo de Cabinda.
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