
Jorge Jesus é o segundo secretário regional a apresentar a proposta de Orçamento, no que respeito ao Turismo, Ambiente e Cultura.
Garante o governante que “não é penas um conjunto de número, mas uma visão estruturada”.
A proposta de orçamento conta com mais de 56,8 milhões de euros, assenta numa visão estratégica integrada das áreas do Turismo, Ambiente e Cultura, entendidas como pilares interdependentes para o desenvolvimento sustentável e a coesão territorial da Madeira.
No Turismo, que conta com 27,7 milhões de euros, um sector forte que duplicou o número de hóspedes desde 2015 e registou 11,7 milhões de dormidas em 2024, com os proveitos a ultrapassarem 756 milhões.
Vai ser feito um esforço na promoção externa, com destaque para os Estados Unidos, com a ligação directa com Newark – United Airlines.
Vai continuar o processo de certificação de sustentabilidade (EarthCheck), visando atingir o nível ouro até 2027 e continuam os eventos âncora (Carnaval, Festa da Flor, etc.).
O ambiente vai ter um investimento directo de seis milhões de euros, com foco na monitorização ambiental, na acção climática e na protecção do litoral e economia circular.
No Instituto das Florestas haverá um investimento de 22 milhões de euros, o que inclui os gastos com Requalificação de Trilhos, criação da Grande Rota Pedestre, modernização do Jardim Botânico, o projecto Florestas 4.0 e o Reforço de fiscalização, com mais 20 vigilantes da natureza e 40 agentes florestais.
A cultura conta 8 milhões de euros e é vista como eixo estruturante do desenvolvimento.
Haverá valorização do património e instituições culturais; Reabilitação do Forte de São Tiago, Fortaleza do Pico, Solar de São Cristóvão, Museu do Romantismo; modernização do MUDAS e da Quinta das Cruzes; Projeto Digital Artes Madeira (739 mil euros) para acesso digital à cultura; Reforço da Madeira Film Commission; descentralização cultural: 1,2 milhões euros para apoiar associações em todos os concelhos; e Apoio a festivais culturais regionais (578 mil euros).
Eduardo Jesus garante que está em causa um orçamento que aposta na sustentabilidade, identidade e inovação e que, nesse âmbito, o ambiente é condição essencial do desenvolvimento e não um problema, a cultura um investimento na identidade e o turismo um meio para alcançar uma Madeira mais coesa e justa.