Trump, que prometeu procedimentos "muito rápidos e muito seguros", quer, em particular, que a análise de um pedido de construção de um novo reator nuclear não demore mais de 18 meses e pretende reformar a Comissão Reguladora do Nuclear, reforçando simultaneamente a extração e o enriquecimento de urânio.

"O tempo para a energia nuclear é agora", declarou Donald Trump numa conferência de imprensa na Sala Oval, enquanto o secretário do Interior, Doug Burgum, disse que o desafio era "produzir eletricidade suficiente para ganhar o duelo da Inteligência Artificial com a China".

"Queremos estar em condições de testar e instalar reatores nucleares durante o atual mandato", ou seja, até janeiro de 2029, disse um alto responsável da Casa Branca, que solicitou o anonimato, durante uma troca de impressões com jornalistas.

Os Estados Unidos continuam a ser a maior potência nuclear civil do mundo, com 94 reatores operacionais, mas a sua idade média está a aumentar (42 anos).

Perante a crescente necessidade de eletricidade, nomeadamente impulsionada pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial, e a intenção de alguns países de descarbonizarem as suas economias, a energia nuclear está a despertar um novo interesse a nível mundial.

França que, com 57 reatores, continua a ser o país mais nuclearizado 'per capita', anunciou em 2022 um novo programa de entre seis e 14 reatores, estando a conclusão do primeiro prevista para 2038.

A China, particularmente ativa, iguala agora França, com 57 reatores no seu território, e tem mais 27 em construção.

Por sua vez, a Rússia continua a ser o principal exportador mundial de centrais nucleares, com 26 reatores em construção, seis dos quais no seu território.

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