
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira à noite uma ordem executiva com o objetivo de cortar os subsídios públicos à rádio e à televisão públicas, a NPR e a PBS, acusando as emissoras de parcialidade.
De acordo com os mais recentes dados divulgados, mais de 40 milhões de norte-americanos ouvem a rádio pública dos Estados (NPR - National Public Radio) todas as semanas e 36 milhões sintonizam a televisão pública (PBS - Public Broadcasting Service) todos os meses.
Trump ordenou à Corporação para a Radiodifusão Pública (CPB, na sigla em inglês) e outras agências federais que tutelam os sistemas de comunicação social públicos a cessarem o financiamento federal a ambas as estações.
O decreto do Presidente exige ainda que o departamento que tutela a radiodifusão pública trabalhe para neutralizar as fontes indiretas de financiamento da rádio e da televisão do Estado.
Difundem "propaganda radical disfarçada de notícias"
A Presidência dos Estados Unidos, numa publicação difundida através das redes sociais, referiu ainda que os meios de comunicação públicos recebem milhões de dólares dos contribuintes para difundirem "propaganda radical disfarçada de notícias".
Em março, a diretora da NPR, Katherine Maher, estimou que a rádio pública receberia 120 milhões de dólares em 2025, menos de 5% do orçamento necessário.
Esta vontade da administração norte-americana inscreve-se na intenção de reduzir significativamente a despesa pública destinada aos meios de comunicação social públicos.
Anteriormente, Donald Trump estabeleceu como compromisso o desmantelamento das estações de rádio Voz da América, Rádio Ásia Livre e Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade, que transmitem a nível internacional.
A medida anunciada na quinta-feira é a mais recente decisão da administração norte-americana a utilizar os poderes federais para controlar ou dificultar a operacionalidade de instituições que transmitem pontos de vista independentes.
- Com Lusa