Os trabalhadores dos museus e monumentos, que estão em greve ao trabalho suplementar até ao final do ano, concentram-se, esta segunda-feira, em frente ao Ministério da Cultura, a partir das 12:00, em Lisboa.

Os funcionários dos Museus e Monumentos de Portugal (MMP) concentram-se, esta segunda-feira, junto ao Ministério da Cultura pela valorização do trabalho prestado em dias feriados e o cumprimento do horário.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), responsável pela manifestação, disse à agência Lusa que, desde maio, está em vigor um pré-aviso de greve nos feriados e ao trabalho suplementar, que vigora até dia 31 de dezembro.

"O aviso prévio de greve nos feriados e ao trabalho suplementar está a decorrer desde maio, e, desde então, os trabalhadores da MMP têm aderido, com o resultado de encerramento de vários equipamentos culturais de norte a sul do país", como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, o Convento de Cristo, o Mosteiro de Alcobaça e a Fortaleza de Sagres, indicou à Lusa.

A ação reivindicativa desta segunda-feira foi marcada por "falta de respostas" da tutela às exigências, embora a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, já tenha manifestado, numa reunião com os sindicatos, na sexta-feira, "abertura para analisar" as exigências, garantiu fonte sindical.

A FNSTFPS estima que trabalhem cerca de 950 funcionários nos 38 museus geridos pela MMP.

De acordo com os sindicalistas, estes trabalhadores da MMP "só recebem mais cerca de 15 euros para trabalhar num feriado, e são-lhes pagas até duas horas suplementares, enquanto as restantes são recompensadas com tempo, que nunca chega a ser usufruído por falta de recursos humanos".

"Se o horário de um trabalhador terminar às 18:00 e houver um evento nesse dia no museu ou monumento até às 23:00, por exemplo, a partir das 20:00 já não recebe", precisou Orlando Almeida.

A federação nacional de sindicatos indicou ainda que o pré-aviso de greve com estas reivindicações encontra-se em vigor até 31 de dezembro deste ano.

Com Lusa