
As trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Machico (SCMM) decidiram no último plenário, a 11 de Abril, enviar pedidos de audiências com os grupos parlamentares com representação na Assembleia Legislativa da Madeira, assim como para a presidente do Parlamento madeirense, Rubina Leal, com a secretária da tutela e o presidente do Govenro Regional, Miguel Albuquerque.
"Registamos, no entanto, que até à presente data por parte do Sr. Presidente do Governo Regional (Dr. Miguel Albuquerque) não foi dada qualquer resposta aos vários ofícios enviados, o que as Trabalhadoras lamentam profundamente, sentindo-se desrespeitadas e insistentemente ignoradas perante as suas Justas Reivindicações", referem em nota enviada à comunicação social.
Em causa, as trabalhadoras da SCMM reivindicam o "pagamento em falta dos retroactivos de Julho de 2022 a Dezembro de 2023, bem como o cumprimento do CCT em matéria de Descansos Compensatórios em Dia de Feriado, Horários de Trabalho e Escalas de Serviço."
"Afirmamos que estas trabalhadoras conjuntamente com o Sindicato CESP apresentaram em proposta a 10.09.2024, que ficou sem resposta, de pagamento dos valores em falta em 8 prestaçôes mensais. As Trabalhadoras e o CESP continuarão o caminho de diálogo e negociação de forma a construir uma solução perante este impasse", acrescentam.
Em reunião tripartida que teve lugar no passado dia 16 de Maio, na DRT - Direção Regional de Trabalho a Mesa Administrativa da Santa Casa apresentou uma contraproposta em matéria do pagamento dos valores em falta que será levada a Plenário de Trabalhadoras no próximo dia 12 de Junho de 2025, para análise e tomada de decisão.
"As trabalhadoras da Santa Casa, conjuntamente com o Sindicato CESP, tudo tem feito para encetar formas de cooperação e negociação de forma a ultrapassar este impasse e construir uma solução para estas Trabalhadoras", apontam.
Em cima da Mesa de Negociação, ainda está a falta de solução para a reposição da 'Atribuição de dispensa de serviço em Dia de Aniversário' às funcionárias, direito adquirido há vários anos e atribuído pelo anterior Provedor da Santa Casa. Direito que continuou a ser mantido, e que foi retirado este ano.
"Assim como, está ainda por regularizar a situação dos Horários de Trabalho e Escalas de Serviço. A necessidade e urgência de colmatar as inúmeras carências e dificuldades com o recrutamento de pessoal, neste sector social, levando à exaustação, estados de “burnot”, desgaste emocional e psicológico, acidentes de trabalho e baixas médicas", referem também
"Continuam firmes na Luta pelos retroactivos em falta (desde 1 Julho/2022 a Dezembro/2023), pela reposição da dispensa ao serviço no dia de aniversário, pelo cumprimento do CCT no que se refere ao trabalho prestado em dia feriado e a regularização dos Mapas de horário de Trabalho, assim como a admissão de mais trabalhadoras para colmatar as necessidades do serviço", terminam.