
A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, já reagiu à quebra de segurança nas redes sociais, após um jornalista ter sido adicionado a um grupo ultrassecreto de funcionários da Casa Branca que discutiam os planos de guerra contra os Houthis no Iémen.
De forma irónica, Hillary Clinton aproveitou a rede social X (antigo Twitter) apenas para dizer: "só pode ser uma brincadeira".
A ironia não foi por acaso. Recorde-se que durante a campanha para as eleições de 2016, Hillary Clinton foi duramente criticada pelos republicanos por usar o seu e-mail pessoal para comunicações secretas.
O que aconteceu?
A Casa Branca anunciou, esta segunda-feira, que o diretor da revista norte-americana The Atlantic pode ter sido incluído por engano num grupo de mensagens ultrassecreto de funcionários que discutiam ataques contra os Houthis no Iémen.
Num longo artigo, o jornalista Jeffrey Goldberg diz ter recebido antecipadamente - através de uma mensagem na Signal, uma plataforma de comunicação encriptada - o plano detalhado dos ataques dos EUA de 15 de março contra o grupo rebelde no Iémen.
O jornalista explicou que tudo começou com um contacto a 11 de março do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Waltz, através da Signal, popular entre repórteres e políticos, pela confidencialidade que promete.
Dois dias depois, o jornalista recebeu uma mensagem que referia "a coordenação" de ações contra os Huthis.
Goldberg disse que um total de 18 pessoas estavam incluídas na partilha da informação, incluindo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, o vice-Presidente, J.D. Vance, e o chefe dos serviços secretos (CIA), John Ratcliffe.
A partir daí, o jornalista recebeu uma série de mensagens dos mais altos funcionários do Governo norte-americano, até 15 de março, incluindo uma de Pete Hegseth, com pormenores dos ataques.
- Com Lusa