O acesso referenciado à urgência de obstetrícia vai ser alargado a todo o país. As grávidas devem assim contactar a Linha SNS 24 antes de se deslocarem às urgências de ginecologia/obstetrícia, de modo a receberem indicação da unidade de saúde adequada para onde devem encaminhar-se.

A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde ao jornal Público. De acordo com Alberto Caldas Afonso, presidente da Comissão de Saúde Materna, citado pela publicação esta terça-feira, o projeto-piloto (que se iniciou em dezembro de 2024 em hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo e outras três outras unidades da Península de Setúbal que se juntaram voluntariamente) obteve um resultado “positivo”.

Segundo os dados provisórios, entre 16 de dezembro e 31 de março, a Linha SNS 24 referenciou 35 mil mulheres, das quais 25.853 para serviços de urgência.

Os encerramentos de urgências têm-se repetido. No início do mês, o Hospital Garcia da Orta (em Almada) perdeu sete obstetras, deixando as escalas de urgência ainda mais difíceis de assegurar numa região onde a falta de médicos já obriga ao fecho simultâneo das três urgências obstétricas em muitos fins de semana.