O Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria da Madeira após reunir esta segunda-feira, 21 de Abril, em plenário decidiu aceitar a proposta de actualização salarial apresentada pela Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF).

Ao DIÁRIO, Adolfo Freitas, dirigente sindical, confirmou que 81% dos presentes na reunião decidiram aceitar a proposta: "O plenário decidiu, pela grande maioria dos presentes, aceitar a proposta da semana passada de um aumento de 5,1% na alimentação, diuturnidades e no abono por falhas. E também na tabela salarial de 5,1% com a garantia de que nenhum trabalhador, independentemente de ser do grupo 1, 2, 3 ou 4, irá ter um valor inferior a 65 euros mensais. Quando o valor calculado for inferior a 65 euros é automaticamente arredondado. Esta foi a proposta aprovada em plenário".

O dirigente sindical esclarece que esta será a proposta a ser transmitida à ACIF, mas alerta que, apesar do avanço, não é o valor ideal. " Não estamos satisfeitos de maneira nenhuma. Sendo a hotelaria um dos principais do sector da economia da Região, nós entendemos que há condições para os hoteleiros pagarem mais e melhor aos seus trabalhadores".

Numa altura que se fala da falta de mão-de-obra, pelos vistos os hoteleiros não querem valorizar os trabalhadores. Os presentes no plenário entenderam que uma vez não que não existem condições para ir buscar mais e melhor no presente momento [aceitaram a proposta]. Alguns desabafaram que o valor é ainda insuficiente e irrisório para quem trabalha no sector da hotelaria". Adolfo Freitas

Como referido, explica que 81% foi a favor da proposta e cerca de 10% contra existindo, também, alguma abstenção. "Quando se toca em dinheiro nem toda a gente está de acordo. Também temos uma dificuldade que é: como negociamos uma tabela salarial quando temos quatro grupos de forma a que seja ao gosto de todos? Quando negociamos em percentagem, os que ganham mais vão receber mais e quem ganha menos recebe menos. Quando negociamos em numerário, que é igual para todos como aconteceu agora, os de cima dizem que existe quem leve 7% e os de cima levam menos", explica.

Ainda assim, refere que este é, sem dúvida, "um dos melhores aumentos dos últimos 30 anos".