
"Que este Eid al-Adha traga alegria, paz e prosperidade às vossas famílias e comunidades. Que reforce os laços que nos unem como um só povo, e que nos inspire a todos a continuar a trabalhar juntos por um Timor-Leste mais justo, compassivo e próspero", pode ler-se na mensagem, divulgada pela Presidência timorense.
Na mensagem, José Ramos-Horta salienta também que o "verdadeiro progresso exige sacrifício, paciência e um compromisso firme" com os valores partilhados pelos timorenses, nomeadamente "compaixão, justiça e respeito mútuo".
"O espírito de fraternidade humana que o Eid al-Adha celebra tem um significado especial para o nosso querido Timor-Leste. A nossa nação abraçou com orgulho os princípios da fraternidade humana, tal como estabelecidos no documento sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Convivência Comum", recordou o chefe de Estado.
O documento sobre a Fraternidade Humana para a Paz Mundial e a Convivência Comum foi assinado em fevereiro de 2009 pelo Papa Francisco e pelo Grão Imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb.
Timor-Leste adotou o documento, em maio de 2022 e integrou-o no currículo das escolas.
"Acreditamos que a paz genuína só pode ser alcançada quando reconhecemos a nossa interligação fundamental como seres humanos, independentemente das nossas diferenças religiosas ou culturais", acrescentou o Presidente.
Em Timor-Leste, cerca de 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos, mas também são celebradas as principais festividades da comunidade muçulmana, com o Governo a decretar feriado nacional nesses dias.
O Eid al-Adha, feriado nos países muçulmanos e uma das festas mais importantes do respetivo calendário religioso, comemora a fidelidade a deus do profeta Abraão e está na origem da tradição sacrificial do cordeiro (Festa do Sacrifício). Este ano, começa esta noite, sexta-feira, 06 de junho e prolonga-se até dia 10, coincidindo com o fim da peregrinação a Meca, na Arábia Saudita.
O dia assinala o momento em que o profeta Abraão tentou sacrificar o seu único filho a pedido de deus, mas este acabou por o impedir, colocando um carneiro no lugar do sacrifício.
MSE // APL
Lusa/Fim