"O objetivo da rádio não é suspender as transmissões do parlamento. O que dissemos é que há momentos que não vamos transmitir. Por exemplo, a aprovação de 400 artigos fica cansativo para o ouvinte", afirmou Marcos Fonseca, citado pela RCV.

O diretor disse que a decisão foi comunicada ao presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, e que a rádio pública vai "priorizar aquilo que vai transmitir".

Como exemplo, apontou debates com o primeiro-ministro, o Estado da Nação, temas de justiça, o Orçamento de Estado e outros momentos relevantes.

"Vamos fazer uma avaliação jornalística do interesse público. Pode ser que todos os momentos tenham interesse, mas haverá outros que não. Esta é uma decisão editorial e a direção da rádio é autónoma para isso", acrescentou.

Na abertura da sessão parlamentar de hoje, o presidente da Assembleia Nacional anunciou a nova opção editorial da rádio, o que gerou críticas generalizadas entre os deputados.

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Lourenço Lopes, que tutela a comunicação social, disse não ter conhecimento de qualquer decisão formal da RCV e garantiu que o Governo vai mobilizar as entidades competentes para averiguar o caso.

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