
A Polícia de Segurança Pública (PSP) da Madeira esclareceu que não há qualquer confirmação da presença ou uso de uma alegada arma branca nos confrontos registados, este sábado, durante um jogo de juniores no Campo do CF Andorinha, em Santo António, no Funchal.
No encontro, que terminou em clima de tensão, com invasão de campo, agressões e momentos de grande confusão, circularam rumores de que um dos envolvidos teria ameaçado recorrer a um machado, alegadamente guardado no carro. No entanto, segundo o subintendente Fábio Castro, não há qualquer evidência ou testemunho que comprove essa alegação.
"Não há qualquer tipo de informação que comprove isso. O que se ouve são rumores, segundo os quais alguém, supostamente envolvido na rixa, se teria deslocado ao carro para ir buscar um machado. Mas ninguém viu ninguém com um machado, nem ninguém viu alguém com uma arma branca dentro do recinto", esclareceu ao DIÁRIO, reforçando que são informações transmitidas que "não têm qualquer fundamento ou confirmação factual".
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Sobre os incidentes registados, o subintendente do Comando Regional confirmou que a Equipa de Intervenção Rápida foi accionada, mas quando chegou ao recinto a situação já se encontrava controlada. "As diligências continuam junto dos clubes e dos agentes desportivos para esclarecer os factos e confirmar o que realmente aconteceu", referiu.
Posteriormente aos acontecimentos, Fábio Castro realçou que a PSP já identificou algumas das pessoas envolvidas, entre elas uma mulher, a mãe de um dos jogadores, cuja presença está documentada na ficha de jogo. No entanto, Fábio Castro esclarece que ninguém foi detido ou identificado no local, uma vez que os intervenientes já se tinham ausentado aquando da chegada das autoridades.
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Em declarações prestadas ao DIÁRIO e à TSF-Madeira, após o sucedido, o presidente da Associação de Futebol da Madeira, Rui Coelho classificou a situação como "um caso de polícia", sublinhando que ultrapassa o âmbito desportivo e da própria associação. "A partir do momento em que se assiste a uma invasão de campo e a agressões, estamos a falar de um crime. Isto não é responsabilidade da AFM, é responsabilidade das autoridades competentes", frisou.