Pedro Nuno Santos fez estas declarações em Bragança, durante ao seu discurso na apresentação dos candidatos para as eleições autárquicas, no qual afirmou mesmo que neste momento para o PSD "é bar aberto no Estado Português".

"Em cima da incompetência, da incapacidade de nos apontarem um caminho ou de resolveram problemas, o PSD usou bem estes 10 meses, mas foi para tratar da vida dos seus autarcas que estão em fim de mandato", afirmou o dirigente aos militantes.

Pedro Nuno Santos deu, entre vários exemplos, a região onde estava a discursar, com Hernâni Dias, que abandonou mais cedo o cargo de presidente da câmara de Bragança para integrar o Governo como secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, que entretanto se demitiu por causa da criação de duas empresas imobiliárias quando já era governante.

Do mesmo distrito, o secretário-geral dos socialistas referiu também Jorge Fidalgo, presidente do município de Vimioso, agora diretor de Segurança Social do Centro Distrital de Bragança.

"O PSD tem usado o Estado para tratar de problemas partidários e para se preparar para umas eleições autárquicas. Usa e instrumentaliza o Estado em benefício do seu partido", apontou Pedro Nuno Santos, acrescentando que mais de um terço dos autarcas do PSD em final do terceiro e último mandato já foram colocados no aparelho estatal.

"E porquê? Estão em final do terceiro mandato, não se podem recandidatar, e queriam que o 'número dois' avançasse já, para se preparar para as eleições autárquicas", ironizou Pedro Nuno Santos, rematando a dizer que "para o PSD, neste momento, é bar no Estado português".

Pedro Nuno Santos fazia a sua última intervenção no distrito de Bragança, onde chegou ontem ao início da noite. Passou pelos concelhos de Mirandela, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros e Bragança, onde hoje marcou o encerramento da sessão dos candidatos já conhecidos para concorrer às eleições autárquicas, que devem acontecer no mês de outubro.

A ênfase foi para a deputada e ex-secretária de Estado Desenvolvimento Regional e antes da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, que apresentou oficialmente a intenção a 27 de janeiro.

Também a ex-ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve presente.

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