O senador conservador Miguel Uribe Turbay, candidato à presidência da Colômbia nas eleições de maio de 2026, foi baleado e ferido em Bogotá este sábado num evento de campanha, o que governo colombiano descreveu como um "atentado".

Miguel Uribe foi operado, logo de seguida, na Fundação Santa Fé, em Bogotá, mas o seu estado continua a ser crítico, informaram fontes próximas.

"Recebemos a informação de María Claudia Tarazona, mulher de Miguel Uribe: 'O Miguel saiu da cirurgia, conseguiu'. Agora, é necessário um grande esforço na sua recuperação", escreveu na rede social X o deputado Christian Garcés, membro do partido 'uribista' Centro Democrático (CD), o mesmo do político atacado.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o político de 39 anos a discursar numa reunião de campanha na zona oeste da capital, quando se ouviram tiros.

Outras imagens mostram-no deitado no tejadilho de um veículo, com o corpo ensanguentado.

Luisa Gonzalez | Reuters

O presidente da Câmara Municipal de Bogotá, Carlos Galan, informou que "o atirador foi detido".

O governo do Presidente de esquerda, Gustavo Petro, "denunciou categórica e energicamente o ataque" ao senador conservador.

"Este ato de violência constitui um atentado não só contra a integridade física do senador, mas também contra a democracia, a liberdade de pensamento e o exercício legítimo da política na Colômbia", sublinhou a Presidência colombiana num comunicado.

Centenas de pessoas reuniram-se em frente à Fundação Santa Fé

Mais de uma centena de pessoas reuniu-se no sábado à noite em frente à Fundação Santa Fé, de Bogotá para rezar pela recuperação de Uribe.

Luisa Gonzalez | Reuters

Miguel Uribe pertence ao partido Centro Democrático, cujo líder é o influente ex-presidente Álvaro Uribe, que governou a Colômbia entre 2002 e 2018. Não há qualquer relação de parentesco entre os dois, mas muita afinidade.

O senador conservador, um dos principais pré-candidatos às presidenciais no próximo ano pela direita conservadora, anunciou em outubro último que aspirava suceder a Petro, de quem é um forte crítico, em 2026.

O ministro da Defesa colombiano, Pedro Sanchez, condenou o atentado e anunciou na rede social X que as autoridades oferecem uma recompensa até 3 milhões de pesos (638,7 mil euros) por qualquer informação que leve à captura dos responsáveis.

"Espero sinceramente que ele esteja bem e fora de perigo", escreveu a ministra dos Negócios Estrangeiros, Laura Sarabia, na rede social X.

- Com Lusa