
José Ramos-Horta declarou que num "pedido de visto de trabalho, o processo inicia-se muito antes da pessoa ir, um visto de residência, um visto de estudante, inicia-se muito antes da pessoa ir" e, "portanto, é muito natural que se faça isso", referindo nao estar a comentar decisões ou adopção de regras por outros países, neste caso Portugal, já que isto "é o normal em todo o mundo".
"Não há implicação, qualquer negativa, para timorenses interessados em ir para Portugal trabalhar ou estudar", acrescentou o Presidente, que falava no aeroporto internacional de Díli, depois de visitas de trabalho à Malásia e ao Mónaco.
O chefe de Estado respondia questionado pela Lusa sobre a decisão, anunciada pelo Governo português na segunda-feira, de que vai exigir que as autorizações de residência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tenham sempre vistos consulares prévios nos países de origem, ao contrário do que hoje sucede nalguns casos.
Até agora, os cidadãos do Brasil e de Timor-Leste, que estavam isentos de vistos para entrada em Portugal, poderiam candidatar-se à autorização de residência CPLP já em Portugal, algo que vai deixar de acontecer, segundo o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
Segundo os Censos de 2022 de Timor-Leste, os seis principais destinos de emigrantes timorenses são o Reino Unido, Irlanda, Coreia do Sul, Austrália, Indonésia e Portugal.
MSE (PJA) // ANP
Lusa/Fim